Hieronymus Bosch
Em silencio contemplo a tela de
Hyeronimus Bosch
Onde sábios e bruxos
disputavam espaço.
A criação falava com imagens
Falando dos poderes das bruxas
E da transformação da Terra,
Do céu e do mar.
Sem esquecer-se
De destacar os homens pássaros
Que na poesia alcançam vôos
Unindo o passado ao presente
Tornando o planeta uma pequena casa
Dora Dimolitsas
Barco da Loucura
Na Idade Média a salvação estava ligada à idéia de viagem. O homem medieval se via como um viajante , entre dois mundos: a terra efêmera, lugar das tentações e o Paraíso, Reino de Deus e dos seres celestiais. Se o homem conseguisse manter o corpo puro conseguiria a salvação. Se falhasse, sua alma seria condenada, com castigos eternos no Inferno ou iria para o purgatório provisoriamente. Era inconcebível na Idade Média que a alma pudesse ser salva somente pelo corpo, devido à esse sentimento de culpa, proveniente do Pecado Original. Caso o maculasse, sua alma sofreria a danação com castigos eternos no Inferno ou provisórios no Purgatório. Devido a este sentimento de culpa a população buscava a salvação através de uma viagem, como, visita a terra santa, castigos, mutilação,
Sofrimentos somente assim alcançaria o Paraíso
Inconsciente coletivo da ralé medieval que se arrastava nos pátios dos castelos:
Mulheres deformadas, padres tarados, massas delirantes e desconcertantes. Um artista único, precursor do realismo dantesco e com uma imaginação fantasticamente mágica e assombrosa
.
Bosch pintava sobre madeira e não assinava os quadros. Muitas cores muito brilho, suas telas eram pura luz, os temas em torno do eróticos atiça as mentes , apelos intencionais mostrando o mundo pelo avesso , de modo cômico e de forma teatral e caricatural. Diziam que Bosch era louco, com imagens do inconsciente as vezes altamente demoníacas. No entanto, ele foi um humanista lúcido, grande mestre das tintas. Até o que parece contradições tem significado no presente.
Esta Grande obra de Bosch
Influenciou muito
O Grande
Leonardo Da Vinci, e Giorgioni
Um gênio
Hieronymus Bosch
(1450-1516), Hertogenbosch – Países Baixos, atual Holanda.
Grandes diferenças são vistas entre a arte do Gótico Tardio, nos Países Baixos, do Renascimento italiano. No sul houve uma ruptura cultural em relação ao período medieval, através da retomada de elementos formais e temáticos da cultura clássica e da revalorização da razão humana. Já na região setentrional não houve essa ruptura, mas sim um desdobramento da arte gótica, que não negou indefinidamente o misticismo medieval, mas agregou-lhe alguma inovação - como um maior naturalismo e sofisticação técnica decorrente dos avanços tecnológicos da época (tinta à óleo, tela, etc). É por isso que o imaginário popular medieval é marcante na arte de Bosch. Entre as técnicas aprimoradas no período Gótico que influenciaram sua arte estão o tratamento minucioso das figuras, vindo das iluminuras, e as representações alegóricas. As alegorias, que surgiram no início do cristianismo, mas foram implementadas e acabaram caracterizando a arte medieval, tornam-se singulares na arte de Bosch pelo entralaçamento de um tratamento naturalista e fantástico que dava aos seus personagens - como podemos ver
Bosch veveu em uma cidade em que a Irmandade de Maria, de posição ultra-ortodoxa, tinha grande poder político. Esse fator, aliado ao início da Reforma Protestante, manteve a cidade fechada culturalmente, adversa às transformações culturais e até científicas vindas de outras regiões da Europa. Temos que considerar, portanto, a influência do contexto de Bosch em suas obras de forte cunho moralizante e apocalíptico, diferente de outros artistas que viveram em cidades próximas - como Memling, que se estabeleceu em uma cidade da região costeira (Bruges) e manteve um maior contato com a cultura e a arte do sul europeu. As imagens de Bosch são traduções visuais de metáforas ligadas à linguagem, costumes e doutrinas de sua cultura, cumprindo a tarefa doutrinária e que a arte medieval também cumprira – como vemos na obra Sete pecados capitais.
É provável que Bosch tenha começado a pintar com a família, pois o seu pai, avô e irmãos eram pintores e possuíam um atelier familiar. Recebia encomendas tanto do clero como da nobreza e das ordens religiosas. No auge de sua carreira, Bosch chegou a tornar-se conhecido fora da região dos Países Baixos. Mecenas importantes da época, como rei espanhol Felipe II, se interessaram e colecionaram seu trabalho.
>> biografia e banco de imagens completo, com boa resulução, alguns comentários e obras (em inglês): http://www.wga.hu/html/b/bosch/5panels/
>> seção do Museu do Prado com a leitura de algumas obras do artista que estão no museu (em espanhol): http://museoprado.mcu.es/visitas.html
>> jogos on-line, obras, biografia, informações sobre as obras (em inglês): http://www.boschuniverse.org/
Apresentação do Site do Educador
3 Comentários:
Dora,
É realmente um prazer visitar se blog, onde as mais variadas expressões artísticas e culturais estão representadas. Esta edição dedicada a Hieronymus Bosch está excelente!
Parabéns pelo trabalho e obrigada pelo prazer que ele nos proporciona.
Marisa.
Por Anônimo, Ã s 10:36 PM
Parabéns querida por levar ao conhecimento de tantos este fabuloso Hieronymus Bosch, um dos mais originais pintores, com suas cenas oníricas e um Universo tão cheio de simbolismos.
Parabéns Doroty!
Por Cida Garcia, Ã s 9:15 PM
Doroty, muito lindo esses extremos. Um grande abraço, Saúde e Paz!!
Por Rui Mascarenhas, Ã s 5:34 PM
Postar um comentário
<< Home