Alunos sempre vítimas, professores desarmados

Nesta semana uma professora foi violentamente atingida por um soco de um aluno do 4º ano do ensino fundamental. O terror se instalou nesta escola. Logo uma estratégica reunião foi instalada.

O resultado não foi desejado, a professora devidamente desarmada não teve coragem de ir a uma delegacia registrar um boletim de ocorrência, e o caso foi abafado pela direção que argumentou ‘ser assim mesmo’, que os professores devem agüentar seus agressores e ainda amansar seus ânimos.

Nesta semana também houve um caso de um aluno cursando o 1º ano do ensino fundamental, alegando ser agredido por sua professora com uma reguada, logo os pais ficaram sabendo e registraram um boletim de ocorrência em uma delegacia local, o fato ocorreu no interior de São Paulo.

A inversão da educação é bem evidente, quando se trata de professor para com seus alunos, os professores não são mais valorizados e impunemente são motivos de chacotas, pela sociedade estagnada que luta sem ideal algum. O professor seria a continuação da educação iniciada dentro dos lares, mas não acontece isso.

Muitos pais não podem educar seus filhos por medo de algum vizinho os denunciar aos Conselhos Tutelares e seus filhos por sua vez desafiam os pais com agressões, chutes e pontapés. Esta situação é refletida dentro das salas de aula, onde o professor desarmado é coibido por todos, e ainda tem que sair do seu local de trabalho escoltado por este ou aquele colega de trabalho sensibilizado pela bandidagem, quiçá quando não é mirado por um projétil mortal.

A sociedade inteira é amparada por mais diversos órgãos governamentais, mas quando se trata do professor educador, ele fica a mercê desta sociedade que protege e mata um a um como se fossem criminosos a cumprir sua pena.



Paola Vannucci

21/04/2010