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25.12.08

HEBERT UM CINEASTA SOLITARIO




HERBERT
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O Agente Kennedy nas mãos do terrível Coronel Marlon
Imagens
[Central Zendo de Cinema]
[Central Zendo de Cinema]
Elenco
[Central Zendo de Cinema]
O mocinho Kennedy
[Central Zendo de Cinema]
Kinja, o índio guerreiro
[Central Zendo de Cinema]
Gangster voluntário
[Central Zendo de Cinema]
Diretor em ação
Austrália, abril de 2006, pai e filha caminham na mata fazendo fotos, sem imaginar que estão por encontrar uma maldade com inexplicáveis conexões em todo o mundo, e que coloca em risco toda a humanidade e a vida no planeta.

Assim tem início “O Agente Kennedy e a Fórmula DHD”, terceiro filme da Central Zendo de Cinema, dirigido e estrelado pelo psicólogo alagoano Herbert Lisboa Torres, que encarna o vilão Coronel Marlon na história. Espionagem e artes marciais, ação e heroísmo, uma intriga internacional em locais como Marechal Deodoro, Pão de Açúcar, Maceió, Dinamarca, Espanha...

Dinamarca e Espanha?

Isso mesmo, sem recursos, mas com bastante imaginação e vontade de contar uma história, qualquer recorte das ruas de Marechal Deodoro no vídeo pode ser Barcelona ou Madri e qualquer matagal se torna uma verdejante selva australiana. Não é verdade? Destaque para os efeitos especiais de neve no Canadá e na Dinamarca.

“Com 00,00 R$ de orçamento, nós não ficamos apenas reclamando, nós fazemos”, conta o cineasta Herbert Torres.

O diretor/ator/psicólogo faz cinema independente em Alagoas, com recursos próprios e colaborações voluntárias de atores amadores, profissionais do teatro e do audiovisual no estado. Fundou a Central Zendo de Cinema, dirigiu e lançou três filmes, o segundo deles, “Oxente!”, uma comédia ambientalista (!), foi veiculada em formato de série televisiva para uma emissora local.

Pessoalmente, prefiro os dois outros filmes, “Sank, o Andarilho da Sabedoria” e “O Agente Kennedy e a Fórmula DHD”, que chamam a atenção por seus elementos cinematográficos de forte influência norte-americana, sobretudo do gênero “Ação”. Vou me arriscar em duas sinopses aqui, vamos aos filmes:

Sank, O Andarilho da Sabedoria

Em seu primeiro filme (e meu preferido), “Sank, o Andarilho da Sabedoria”, Herbet Torres apresenta uma película de aventura/ação, que conta a história de um viajante em sua trilha no caminho da verdade e do conhecimento. No papel de Sank, temos o marujo Osivânio Silva, que trabalhava nos barcos que fazem a travessia da Barra de São Miguel para a praia do Gunga.

Na jornada do herói surgem amores, ensinamentos, ditaduras, revoluções socialistas armadas, uma comunidade alternativa no melhor estilo Shangri-la, cenas eróticas picantes e até uma “estranha criatura alienígena” que quase acaba com a vida de Sank em uma luta na selva com cenas de deixar o primeiro “O Predador” com Schwarzenegger no chinelo, se compararmos os gastos de produção é claro.

O Agente Kennedy e a Fórmula DHD

Com lançamento no Cine Sesi Pajuçara, e em breve com cópias legendadas em inglês e espanhol, o terceiro filme dos Estúdios Zendo é dirigido por Herbert Torres e Augusto Simas, segue a mesma linha hippie-espiritualista-que-dá-porrada-nos-caras-maus.

Trata-se de uma trama de espionagem, ação e mistério, onde o herói, agente Kennedy Lisboa, um investigador internacional, mestre na arte do Aikido, entra em uma busca frenética para encontrar a assistente de seu pai, Jackeline Sendes.

A fiel Jackeline tem a cópia de uma fórmula descoberta pelo Dr. Pi, Pai de Kennedy, que pode decidir o destino da humanidade, motivo pelo qual os capangas do temível Coronel Marlon assassinaram o cientista. O guerreiro índio Kinja salva Jackeline e aguarda por Kennedy na floresta, para juntos, distribuírem umas boas bolachas nos vilões.

O ator Paulus Tertios, que interpreta o mocinho do filme, é professor dessa arte marcial, o Aikido, na “vida real”, o que garante ótimas cenas de luta. Ponto negativo para os personagens secundários cômicos do tipo “enchimento de lingüiça”, outro artifício bem característico deste gênero no cinema americano.

Uma das cenas mais marcantes se passa em “Nova Iorque”, onde os diretores usaram a réplica, ou seria o protótipo, da estátua da liberdade na Praça do Museu da Imagem e do Som, o Misa, no bairro de Jaraguá, que, dizem por aqui, também foi presente dos franceses para os maceioenses.

Em fase de produção do próximo lançamento “A Mulher da Capa Preta”, Herbert fala do sonho de um lugar chamado Zendowood, e da coragem de “fazer fazendo”, como se diz por aqui.

Marcelo Cabral - Como é esse trabalho com atores voluntários? Li na capa dos DVDs que os filmes foram feitos com recursos próprios e a colaboração dos atores.

Herbert Torres - Bom, foi e ainda é uma fase, fase difícil, mas foi o caminho e sou muito grato a todos eles. Tem gente que pode tirar condições financeiras de seus próprios trabalhos para manter sua produção, eu, tive menos que isso. Estamos procurando investidores que acreditem em nosso trabalho.

M - Você já tentou buscar recursos com leis de incentivo e órgãos de cultura estaduais ou municipais?

H - As leis eu não tentei por falta de equipe para desenvolver projetos e acompanhar, uma deficiência nossa. Apoio dos órgãos de cultura eu pedi, aos estaduais e municipais nos governos anteriores, mas eram dominados por grupos políticos com interesses próprios.

Como sou um cineasta independente e não ligado até hoje a nenhum grupo político, só me fizeram andar. Os projetos foram levados para eles, fomos bem recebidos (teatralmente falando), mas a resposta em 90% das vezes era simplesmente a ausência até de respostas.

Penso que um Secretário de Cultura que é pago pelo nosso imposto é quem deveria procurar os produtores culturais que já fazem nossa cultura e buscar apoiar, e não o produtor ficar mendigando apoio.

Meu partido é o cinema.

M - Qual seu filme preferido? Quais suas influências no cinema?

H - Como base para os nossos filmes são vários, mas para mim, o maior marco é “Coração Valente”, de Mel Gibson. Assisti cinco vezes.

M – Percebo uma marca bem americana nos seus filmes.

H - Todas as culturas cinematográficas devem ser respeitadas, mas aliei uma idéia tripla como prioridade: Locação no nordeste brasileiro, linha americana e sabedoria oriental.

O nome Sank, por exemplo, do primeiro filme é mais oriental e eu inventei. Meu estilo eu chamaria de “Cinema com Alma”.

M - O que viria a ser Zendowood?

H - Seria um local, uma fazenda no interior do estado, onde poderíamos produzir e exportar nossas produções nesta área, linkados ao mundo (satélite, internet, etc). Marechal Deodoro quase já foi, por duas vezes, a pedra fundamental do Zendowood, é o único município que tiveram locações nos três filmes e me parece, instintivamente, o melhor local.

Concretizar o Zendowood é difícil, mas é um projeto fascinante: cinema, cultura, geração de renda e emprego, projeto social, defesa ambiental, espaço espiritual. Definitivamente, ajudaria muita gente.

Eu sei que é um sonho, mas também acredito, e já tenho elaborado quase todo o projeto para um apoio internacional.

M -Você também é escritor?

H - Sim, escrevi "Ser ou não ser corrupto? Eis a questão", "Um Empresário Moderno em Paz Consigo", "O Palco que Voa", e deverei lançar em breve “O Caminho da Calma”.

M - Fale sobre sua nova produção cinematográfica, "A Mulher da Capa Preta". O que nos aguarda?

H - É um roteiro dos mais dolorosos de assistir que você vai ver. Uma lenda urbana ou história real fortíssima. Do amor ao suicídio. Uma lenda linda, curiosa e fascinante, mas que assusta também. Muitas pessoas me procuraram dizendo que não era lenda, que tinha acontecido mesmo. Dizem que vão levar até champanhe para ela, Carolina, lá no túmulo em um cemitério da capital.

Filmografia:

Ficção:
Sank, O Andarilho da Sabedoria
Oxente!
O Agente Kennedy e a Fórmula DHD

Documentário:
Coruripe: Antes e Hoje, Seu Passado e Seu Presente, Sua História e Sua Gente.

Para comprar os filmes (15,00 R$ mais despesas postais) entre em contato com o Grupo Zendo: grupozendo@hotmail.com ou ligue (82) 3033-7709

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