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28.6.10

FOI PUBLICADO NO JORNAL O OLHO Interativo

RECEBI FOTOS E TODA MATERIA
DO MEU AMIGO Jaorish

segunda-feira, 28 de junho de 2010

* 28 de Junho/2010: Palmares sofrendo outra enchente!


Imagens captadas da minha residência na Rua Antonio Becco, 138, Bairro Centro de Palmares. Da porta da minha residencia fotografei hoje de manhã, por volta das 7h. as imagens mostrando o Rio Una invadindo novamente ruas de Palmares. Acima, Rua do Rio e Avenida Ascenso Ferreira. Ao fundo, trecho da BR-101 destruido (todo o trecho da BR-101 ao redor de Palmares está destruído).
Ontem, 27 de Junho, domingo, contingente do Exército Brasileiro aquartelao em Palmares nesses momentos de emergência após enchente iniciada dia 18 de Junho, anunciou que mais águas viriam para nossa Cidade. Ordenou que as pessoas saissem das áreas afetadas na enchente anterior (algumas familias voltaram teimosamente para as casas em áreas de risco que estão com terrenos cedendo e casas condenadas).
Ontem foi uma tarde de expectativas e desesperos novamente. E a espera durante a noite e madrugada quando as águas novamente invadiram Palmares (aguardem fotos e vídeos ainda hoje).







Parte baixa da Rua Antonio Becco sendo invadida (na esquina o predio da Loja Maçônica Fraternidade Palmarense Nº1 que teve andar terreo totalmente submerso. E antiga rua Nova, Avenida Ascenso Ferreira e Rua do Rio cheias de dejetos tirados das casas, lama, etc. dificultando escoamentos das águas da nova enchente que se inicia.


Da minha residência podemos ver as imagens das águas invadindo a Rua Rio, Avenida Ascenso Ferreira, Rua Visconde do Rio Branco (antiga Rua Nova).

Cidade novamente sem água potável encanada. Escassês de alimentos e água potável continua.
Bancos fechados. Tudo arrasado! Quem tem dinheiro em Bancos não pode retirar. Produtos em geral faltando na Cidade nos poucos pontos de mercearias nos bairros dos morros de difícil acess por motivo de muita lama. Há lugares na cidade que a lama chega na cintura!

Ontem à noite, novamente a cidade sem policiamento. Registrei imagens do Centro da Cidade, por volta das 23h até à meia-noite, sem nenhuma ronda policial. Ruas desertas, povo com medo foram para os morros. Máquinas escavadeiras abandonadas nas áreas altas. CELPE trouxe geradores de emergencia com holofotes de iluminação porem estavam desligados, apenas guardados nas partes mais altas.

Aqui em Palmares e em outras cidades da Bacia do Rio Una há grande apreensão e desespero.

Foz do Rio Pirangi (desemboca no Rio Una em Palmares). Foto de 8 de fevereiro de 2004.

Foto da Foz do Rio Panelas (desemboca no Rio Pirangi na Cidade de Catende, pertinho de Palmares). Foto de 8 de fevereiro de 2004. Catende sofreu muito com a enchente do dia 18 de Junho/2010.
Palmares sofre muito porque no Rio Una desembocam rios importantes vindos do Agreste Pernambucano, entre eles Rio Pirangi (no qual desemboca o Rio Panelas aqui pertinho, na Cidade de Catende) e o Rio Prata (que tem uma grande represa provocando horror durante o inverno diante do abandono há anos e grande volume de águas que armazena). A Barragem do Rio Prata é o grande temor de todos que residem nas cidades logo abaixo dela.

Barragem do Prata. Imagem interna, de lado da Barragem. O Paredão é enorme por fora. E atualmente está com águas nos limites do paredão. Foto do dia 8 de fevereiro de 2004 quando fui monitorar lá com o Vereador Iraquitan Oliveira (PC do B).

Aguardem mais fotos e vídeos.
Continuarei relatos nesta postagem.

Jaorish

Diário de uma enchente - Sabado, 19 de Junho de 2010

Madrugada de Sábado, 18 de Junho de 2010:

Quem dormiu em Palmares? Eis a questão!... Eu madruguei e fiquei vigilante. Mas diante da falta de energia elétrica e minha máquina fotográfica falhar, falta de bateria, não pude registrar o ápice do nível da enchente. Somente ao amanhecer do Sábado 18 de Junho pude registrar em video e fotos com minha filmadora o que ocorria em Palmares.

Os saques continuando e bem mais abertos diante do povo... (aguarde fotos e clipes de todos os momentos e entrevistas com denúncias)...

Diário de uma enchente - Sabado, 19 de Junho de 2010

Madrugada de Sábado, 18 de Junho de 2010:

Quem dormiu em Palmares? Eis a questão!... Eu madruguei e fiquei vigilante. Mas diante da falta de energia elétrica e minha máquina fotográfica falhar, falta de bateria, não pude registrar o ápice do nível da enchente. Somente ao amanhecer do Sábado 18 de Junho pude registrar em video e fotos com minha filmadora o que ocorria em Palmares.

Os saques continuando e bem mais abertos diante do povo... (aguarde fotos e clipes de todos os momentos e entrevistas com denúncias)...

Diário de uma enchente - Sexta-feira, 18 de Junho/2010


Parte mais baixa da Rua Tenente Antonio Becco, vemos o prédio da Loja Maçônica Fraternidade Palmarense Nº1 onde se localiza o Colégio Dimensão. No outro extremo, na parte alta desta rua é onde se localiza minha Residência e o Museu Telles Júnior! No nível que as águas chegaram, cobriu o nome do Colégio Dimensão. Fotografia realizada ao lado da Oficina de Rubão que sofreu invasão de água também.


Relatarei aqui uma sinopse do que observei durante a enchente iniciada sexta-feira, 18 de Junho de 2010. Para os internautas compreenderem como a Cidade dos Palmares foi vítima de uma hecatombe fluvial.
Hoje, domingo, 27 de Junho. Após restabelecimento da energia elétrica na rua onde resido e a provedora enviar sinal via cabo ainda nesta tarde, eu pude colocar online um relato. Gostaria de poder relatar diariamente porém não foi possível diante do corte das redes de transmissão de energia elétrica por segurança e as danificações de posteações, cabos de internet e invasão de água de enchente no prédio da provedora Onlife Internet Provider.
Aos poucos, após editar clipes gravados durante a enchente eu os colocarei online no Canal Youtube do Jornal O OLHO.


Sexta-feira, 17 de Junho de 2010.

Cedo do dia telefonei para o amigo poeta odontólogo Juarez Carlos da Silva (Vice-Presidente do GRUCALP) para conversar sobre Reunião da Diretoria do GRUCALP no sábado dia 18 (reunião que não ocorreu diante dos problemas de enchente que sucederam). Juarez Carlos disse que não poderia ir à Reunião porque estava saindo para a Cidade de Belém de Maria, pois soube de enchente a ocorrer naquela cidade.
Por volta do meio-dia eu soube de grande enchente invadindo as Cidades de Belém de Maria e Catende. Rádios de Palmares noticiavam sobre muita água a vir para a cidade e pedindo ao povo para se precaver.
Algumas coisas me deixou preocupado. Inicialmente sobre água potável e alimentos a serem estocados. Mas água faltava nas torneiras desde cedo. Ao acordar, "tomei banho de cuia" naquele dia.
Lembrei do amigo Juarez Carlos. Telefonei para a casa dele e soube que ele não pôde passar na estrada rumo à Cidade de Belém de Maria e iria colocar todos os móveis e eletrodomésticos no primeiro andar da casa dele.
Fui à feira, sob chuva intensa. Ao comprar frutas, conversei com os feirantes dizendo que muita água viria para Palmares. Disseram que não adiantava tentar sair da cidade porque os transportes não mais passavam. Passavam alguns minutos das 14 horas.
Da feira fui ao Supermercado. E os comerciantes haviam fechado algumas lojas naquele horário. A água da enchente invadindo as ruas do comércio.
Por volta das 16 horas a água mineral estava escassa. Encontrei apenas dois botijões de 5 litros. Levei para minha casa e fui filmar as ruas sendo invadidas pelas águas. Preocupado sobre água potável porque o depósito de água da minha residência estava quase vazio e não tinha água para encher ele.
Observando a enchente, vi que a correnteza estava veloz. Grande correnteza foi logo se implantando no centro da cidade, eu com cuidados para não ficar ilhado e impedido de voltar para minha residência.


Avenida 13 de Maio (tendo numa esquina o Sindicato Rural dos Palmares e noutra esquina o Ginásio Municipal) onde se localiza o Núcleo Oficina de Artes Cênicas do GRUCALP.


Após ao jantar, por volta das 20 Horas, a enchente se mostrava ser maior e mais veloz ao invadir as ruas que a enchente de 2000 (quando o Centro Cultural dos Palmares - SEde do GRUCALP e do Núcleo Municipal da União Brasileira de Escritores foi danificado).
Desde por volta das 15h. não vi mais nenhum policial nas ruas de Palmares. EStranho isso. Em 2000, quando houve uma enchente de grandes proporções que quase destruiu Palmares, havia policiamento Civil e Militar. E os bombeiros sumiram também, mesmo sendo Palmares sede de uma Companhia de Bombeiros Militares. Em 2000, além de policiamento intenso nos locais não atingidos, houve rondas de policiais em botes para impedir saques. Mas nesta enchente, gangs arrombaram lojas e saquearam abertamente diante dos que estavam às margens das águas da enchente, assistindo ao tétrico espetáculo da revolta fluvial invadindo a Cidade.



Sexta-feira, 17 de Junho de 2010.

Cedo do dia telefonei para o amigo poeta odontólogo Juarez Carlos da Silva (Vice-Presidente do GRUCALP) para conversar sobre Reunião da Diretoria do GRUCALP no sábado dia 18 (reunião que não ocorreu diante dos problemas de enchente que sucederam). Juarez Carlos disse que não poderia ir à Reunião porque estava saindo para a Cidade de Belém de Maria, pois soube de enchente a ocorrer naquela cidade.
Por volta do meio-dia eu soube de grande enchente invadindo as Cidades de Belém de Maria e Catende. Rádios de Palmares noticiavam sobre muita água a vir para a cidade e pedindo ao povo para se precaver.
Algumas coisas me deixou preocupado. Inicialmente sobre água potável e alimentos a serem estocados. Mas água faltava nas torneiras desde cedo. Ao acordar, "tomei banho de cuia" naquele dia.
Lembrei do amigo Juarez Carlos. Telefonei para a casa dele e soube que ele não pôde passar na estrada rumo à Cidade de Belém de Maria e iria colocar todos os móveis e eletrodomésticos no primeiro andar da casa dele.
Fui à feira, sob chuva intensa. Ao comprar frutas, conversei com os feirantes dizendo que muita água viria para Palmares. Disseram que não adiantava tentar sair da cidade porque os transportes não mais passavam. Passavam alguns minutos das 14 horas.
Da feira fui ao Supermercado. E os comerciantes haviam fechado algumas lojas naquele horário. A água da enchente invadindo as ruas do comércio.
Por volta das 16 horas a água mineral estava escassa. Encontrei apenas dois botijões de 5 litros. Levei para minha casa e fui filmar as ruas sendo invadidas pelas águas. Preocupado sobre água potável porque o depósito de água da minha residência estava quase vazio e não tinha água para encher ele.

Observando a enchente, vi que a correnteza estava veloz. Grande correnteza foi logo se implantando no centro da cidade, eu com cuidados para não ficar ilhado e impedido de voltar para minha residência.

Invasão de águas na Avenida Coronel

Austriclínio (vemos ao fundo a Rua Pedro Paranhos e Sulanca).


A grande surpresa foi ver uma grande correnteza na Avenida Coronel Izácio com água vinda de Piranji se encontrando com águas vindas da Praça Dr. Paulo Paranhos.









Quando eu estava filmando e fotografando a Avenida Coronel Izácio (foto acima) houve corte de energia elétrica (como medida de proteção porque a cidade estava invadida por grande volume das águas do Rio Una).
O povo ficou aterrorizado ao ver que a enchente estava chegando a lugares nunca antes invadidos por enchentes em Palmares. O medo das águas subir mais era geral. Para onde ir? Para onde mais as águas subirão?



Notícias sobre a tragédia de Palmares

Rua da Aurora sendo invadida pelas águas da enchente



Comentários abordavam como a Defesa Civil do Estado não preveniu a quantidade de água da enchente e como os avisos foram feitos atrasados restando pouco tempo para retirar pertences de lojas e residências.
O sofrimento implantado. Madrugada de terror, medo, desespero. Gritos lamentando perdas materiais. Muita gente desmaiando e aparecendo molhada dizendo que tudo perderam, não houve tempo para retirar os pertences. Outros com medo das águas invadir casas perto das margens dos limites das águas parecendo ainda querer mais espaços para invadir...
O frio implantado na cidade. Muita água atraindo o frio. Barulhos de prédios e casas desmoronando.
As gangs arrombando e retirando produtos eletrodomésticos e móveis das lojas, enlatados de supermercados, etc. Tudo sob os olhares estupefatos dos espectadores.

O sinal dos celulares começaram a falhar. Inicialmente a TIM ficou sem sinal e depois a OI. Telefones residenciais foram desligados também. Mas ainda tive tempo de procurar saber o paradeiro de alguns amigos cujas residências ficam em áreas atingidas.

Muita chuva caindo durante a noite e madrugada. Uma madrugada de desesperos!

O povo comentando sobre como o caos foi promovido ao observar como a falta de informação, policiamento e resgates.

Notícias sobre pessoas desaparecidas e em locais precisando resgate se espalhou na multidão, completando o quadro de amarguras e desesperos coletivos.

Continuarei o relato.



Eu sou Jaorish

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