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27.11.08

Stela Emilia Gusmão


Stela Emilia Gusmão,natural de itambé -ba.Porém infância e adolescência em Itapetinga - Ba, onde cursei o primário e ginásio, no colégio de freiras ( Instituto Madre Savina Petrilli ). Indo para Salvador logo após, onde cursei o científico, no colégio 2 de julho, a seguir, ingressei na UCSal ( Universidade Católica de salvador ) curso de Adm. de Empresas . Graduei nesta Universidade, exercendo a profissão no setor de pessoal, específicamente Recursos Humanos, em vàrias empresas ( Polo Petroquímico de Camaçari - ba e outras do estado ).Me tornei micro empresária, na área de design , com fabricação de móveis sob projeto e programação visual.Atualmente dedico à área de ensino superior, em faculdade de Administração.href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9_M7XglQId_rj7YSEmPIj9r98ylgqUJKZwWpaIsFgVYuFfQZadMsFKQWCd0Ya1SIQBFzqB8JT7wxYRAjGRupVyqdoaOVxXftLPJaanzcXyhk2Xj63weASpuQoHIT_doV6vg/s1600-h/Untitled_1.jpgespelhodosolhares-s-s-s.jpg">
STELA
Circula no Orkut com um trabalho poético
de grande valor literário; no inicio quando a conheci,sentia muita cautela em suas criações.
Nossa escritora foi crescendo e logo mostrou-se uma grande Poeta,
Stela usa o computador para construir seus poemas de forma bonita,
com arte, e com muita sutileza nos mostra um trabalho de grande profundidade.
Vamos conhecer os trabalhos de Stela













Gabriel da Fonseca
é um Poeta que tem apresentado um trabalho carregado de paixão
e apresenta uma linha de concretos de grande valor para a Literatura Brasileira
amigo pessoal de Paulo Leminski, É parceiro inseparável da Poeta Stela Gusmão

Sou Eu?
Escrito em 23/11 pra Amiga Poetisa Doroty Dimolitsas publicar na sua página no Jornal O Rebate, de 26/11/08, acompanhando algum poemas concretos meus, que acompanharão Poemas da Poetisa Stela Emilia Gusmão.
Nasci em Cornélio Procópio, Norte do Paraná, onde vivi, estudei e trabalhei até os 17 anos.
Moro em Curitiba, pra onde vim estudar em 1971.
Trabalho no serviço público desde 1984, há 12 anos na UFPR, como técnico administrativo.
Sou graduado em Filosofia, com especialização em Ética (UFPR/1991); fui educador no ensino médio por 4,5 anos e no ensino superior por 1 ano.
Escrevo poemas regularmente desde outubro de 2006, publicando-os nas minhas páginas nos sites Recanto das Letras e Usina de Letras.
Meu nome poético "Gabriel da Fonseca" é sobrenome materno.
Meu poema Macaco Alfa, de 28/01/07, foi musicado por Thiago Menegacci da Banda Homem Canibal e o samba rock se encontra acessável em www.myspace.com/homemcanibal e no youtube.

POSIÇÃO COMPOSIÇÃO DECOMPOSIÇÃO REPOSIÇÃO. Ou com/de/re-POSIÇÃO. - Poema Concreto Alinhado à Esquerda



D
DE
DEC
DECO
DECOM
DECOMP
DECOMPO
DECOMPOS
DECOMPOSI
DECOMPOSIÇ
DECOMPOSIÇÃ
DECOMPOSIÇÃO
DECOMPOSIÇÃ O
DECOMPOSIÇ Ã O
DECOMPOSI Ç Ã O
DECOMPOS I Ç Ã O
DECOMPO S I Ç Ã O
DECOMP O S I Ç Ã O
DECOM P O S I Ç Ã O
DECO M P O S I Ç Ã O
DEC O M P O S I Ç Ã O
DE C O M P O S I Ç Ã O
D E C O M P O S I Ç Ã O
RE C O M P O S I Ç Ã O
REC O M P O S I Ç Ã O
RECO M P O S I Ç Ã O
RECOM P O S I Ç Ã O
RECOMP O S I Ç Ã O
RECOMPO S I Ç Ã O
RECOMPOS I Ç Ã O
RECOMPOSI Ç Ã O
RECOMPOSIÇ Ã O
RECOMPOSIÇÃ O
RECOMPOSIÇÃO



---Gabriel da Fonseca.

---Às Amigas; À eSTrELA; 26/10/08; 1530.
CONSTRUÇÃO , DESCONSTRUÇÃO, RECONSTRUÇÃO. - Poema Concreto.



C
CO
CON
CONS
CONST
CONSTR
CONSTRU
CONSTRUÇ
CONSTRUÇÃ
CONSTRUÇÃO
DESCONSTRUÇÃO
DESCOSNTRUÇÃ O
DESCONSTRUÇ Ã O
DESCONSTRU Ç Ã O
DESCONSTR U Ç Ã O
DESCONST R U Ç Ã O
DESCONS T R U Ç Ã O
DESCON S T R U Ç Ã O
DESCO N S T R U Ç Ã O
DESC O N S T R U Ç Ã O
DES C O N S T R U Ç Ã O
DE S C O N S T R U Ç Ã O
D E S C O N S T R U Ç Ã O
RE C O N S T R U Ç Ã O
REC O N S T R U Ç Ã O
RECO N S T R U Ç Ã O
RECONS T R U Ç Ã O
RECONSTR U Ç Ã O
RECONSTRUÇ Ã O
RECONSTRUÇÃ O
RECONSTRUÇÃO.



---Gabriel da Fonseca.

---Às Amigas; À eSTrELA; 27/10/08; 1531.

Gabriel da Fonseca
Publicado no Recanto das Letras em 27/10/2008
Código do texto: T1250215 [/b



Você, Doce Coração que Me Consola e Alenta !


Pouco me importa

A realidade
Pedra dura,

O navegar
Com tormentas
No mar.

Pois, o seu coração
É doce porto,
Amparo e afago !

Você, meiga,
Me consola
E alenta !


Gabriel da Fonseca.
05/10/08; 1495.
À EstRela

Publicado no Recanto das Letras -
gabrieldafonsecapontonet/publicacoes.php?=lidos -;
usinadeletraspontocompontobr/exibelotextoautorp3.php?user=gabrield
Dir. Res. ao Autor: Licença – cc

Um Poeta Não Corta Seus Versos: Pica Sua Carne !


Um poeta vero
Dificilmente corta
Seus versos:

Ele pica
Sua carne,
-PRÉ-FERE-,
Faz strip-tease
Público.

Ele MANI-FESTa
Os seus afetos
EX-escondidos,

PRO-TESTa
Contra suas dores,

Ele EX-PRESS-a
Suas paixões

Ele ostenta,
EX-ibe
Seus Amores.


---Gabriel da Fonseca.

---Às Amigas Amadas, à Adorada eSTrELA; 22/09/07; 1476. Réplica a Aroldo Pereira:

Sou extremamente
sincero com a poesia;
invento a cada momento
uma verdade vadia.


---Gabriel da Fonseca

---Publicado no Recanto das Letras em 23/09/2008
Código do texto: T1193387

19.11.08

Nossa Materia tem como objetivo contribuir com esta luta que é de todos


Arlete Bistocchi
Psicóloga e Pesquisadora.
http://arletebistocchi.spaces.live.com

A DOENÇA DE ALZHEIMER – AMPLIANDO A INFORMAÇÃO:

Como psicóloga pesquisadora, procuro sempre estar atenta aos comportamentos, às manifestações humanas em geral, consideradas externas ou “internas”, mas todas advindas da mente humana.

A psicologia em relação às doenças demenciais atua muito mais na potencialidade da pessoa. Em geral o trabalho dos psicólogos não é de tratar diretamente as doenças e sim focar nas pessoas, na sua potencialidade. Psicólogos não medicam, mas acompanham todo o processo e trabalha em conjunto com todos os profissionais envolvidos num tratamento. Geralmente a atuação se dá na parte mais preservada, fazendo com que a pessoa utilize adequadamente aquilo que ainda está funcionando, mesmo que precariamente, pois os psicólogos "trabalham essas falhas" a fim de melhorar o desenvolvimento do portador.

Como profissional da área da saúde mental venho sempre colocando a importância de um olhar além clínica, instituição, hospital. Chamo atenção para as unidades e para os grupos que se formam espontaneamente e pela necessidade de ampliar conhecimento, ampliar informação. Aqui incluo os profissionais das áreas da saúde que por interesse maior e vontade de melhorar a qualidade de vida humana, trocam, compartilham suas experiências conjuntamente com outros membros da sociedade com um único propósito: Ajudar na prevenção das doenças.

Algumas doenças chamam atenção não só pela gravidade no trato, mas também pelo impressionante aceleramento que se encontram. Uma dessas doenças é o “Mal de Alzheimer” ou para quem já está familiarizado com ela a D.A. (Doença de Alzheimer).

Essa é uma doença que se manifesta geralmente na população mais idosa, porém, as doenças em geral se desenvolvem muito antes de sua manifestação externa e estão muito relacionadas com as questões sociais. No caso de Alzheimer, estudos apontam que a doença começa a se desenvolver cerca de dez anos antes de sua manifestação externa, ou seja, as pessoas envolvidas na vida de um portador de Alzheimer só percebem a doença após muita estranheza no comportamento do potencial doente. Ainda assim a confundem com outras doenças ou mesmo acham que a pessoa está esclerosando, ou seja, acham que isso é um comportamento de pessoas “velhas” e que todo “velho” é ranzinza mesmo.

Na classe médica e de saúde em geral, apesar de se ter inúmeros profissionais capacitados, a doença ainda não é totalmente conhecida pela maioria desses profissionais, isso se estende a classe científica, que apesar de atenta e de inúmeros estudos a respeito, ainda que alguns estejam bastante avançados como os ligados as células tronco não existem ainda evidências suficientes para se falar em cura.

Portanto, a única forma de se desmistificar as doenças em geral é se utilizando de uma ferramenta preciosa: A INFORMAÇÃO!

As pessoas poderão encontrar muitas descrições sobre o Mal de Alzheimer, principalmente da parte neurológica, mas talvez tenham dificuldades de entendê-las de forma a servir para lidar no dia-a-dia com o portador da doença.

Pretendo não entrar tanto no âmbito descritivo da doença, os neurologistas estão mais aptos a fazer tal descrição. Gostaria de chamar atenção de todos para o que acontece conjuntamente com o desenvolvimento da doença. Gostaria de falar sobre a difícil tarefa do cuidar.

A internet tem ajudado muita gente, principalmente na formação de grupos de ajuda para troca de informações, bem como desabafos. Esse veículo de comunicação quando bem utilizado torna-se um auxiliar precioso, pois as pessoas podem ter acesso às informações no exato momento em que necessitam.

Em conversas obtidas através do veículo de comunicação internet, bem como experiências diretas com os portadores de D.A. e principalmente com os seus cuidadores, faço aqui uma síntese, respondendo as principais indagações sobre a D.A.

Segundo a classe médica, Alzheimer é uma DOENÇA CEREBRAL DEGENERATIVA, ou seja, há males ainda desconhecidos totalmente que comprometem o funcionamento dos neurônios no cérebro. A DEMÊNCIA, resumidamente caracteriza-se pela perda ou diminuição da capacidade cognitiva, ou seja, do ato ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. Isso são processos mentais e Alzheimer passa por esses processos de perdas, declínios, portanto, carrega consigo uma DEMÊNCIA. Portanto, Alzheimer é uma doença cerebral degenerativa e demencial. Os neurologistas, bem como outras áreas da ciência acreditam que a doença trata-se da destruição progressiva dos neurônios, tendo seu começo na área onde se processa a memória, se alastrando por todos os cantos do cérebro comprometendo funções cognitivas essenciais, sendo que a pessoa vai perdendo lembranças que dariam sustentação a sua permanência no tempo e no espaço, a doença evolui ao ponto de não haver mais comunicação cérebro e os órgãos que comanda o corpo, tirando da pessoa qualquer reação, levando-a à sua falência.

A doença Alzheimer é de difícil diagnóstico, pois contém características de outras doenças demenciais. As pessoas que entram pela primeira vez em contato com a doença ficam certamente desconcertadas, na verdade muitas chegam a entrar em “parafuso”, pois a maioria nunca se quer ouviram falar sobre essa doença. Popularmente a doença é chamada de “doença maldita” e essa forma de enxergar a doença afeta profundamente tanto os portadores como seus cuidadores.

O portador da D.A., inicialmente passa por várias sensações ao mesmo tempo, na verdade ele vai passando por vários processos de estranhezas, afinal vai perdendo capacidades cognitivas importantes, tendendo muito mais a se defender das pessoas do que compartilhar, quanto menos se lembrar delas mais irá atacá-las, afinal nem sempre as reconhece em sua totalidade, ou seja, não se lembra da história vivida com aquela pessoa, há uma lembrança apenas vaga, prevalecendo sempre aquilo ou aqueles que lhes fizerem mais sentido, que tiveram realmente algum momento consigo que lhe proporcionou momentos marcantes sejam esses no âmbito da felicidade ou da tristeza. O portador da D.A. sabe que está acontecendo algo de diferente, mas não sabe identifica-lo, nomeá-lo, apenas sente e percebe que as pessoas a sua volta estão diferentes também, certamente gostaria de saber claramente o que está acontecendo, mas são poupados muitas vezes erroneamente dessa preciosa informação, afinal o não saber o que se tem e o que se deve enfrentar muitas vezes se torna fator de angústia maior. “É melhor enfrentar o inimigo sabendo-se quem ele é”.

Para o cuidador esse é um momento muito doloroso, saber que um ente querido está com uma doença tão grave não é algo muito fácil a se lidar. A família geralmente entra numa inconstância, nem todos querem se responsabilizar pelo cuidado, querem ajudar, mas ficando à distância. Essa é uma queixa muito justa daqueles que assumem a responsabilidade maior, afinal o trabalho do cuidador é extremamente cansativo, estressante e se o cuidador não se cuidar será mais um a ficar doente, seja dessa ou de outra doença qualquer.

A família certamente terá que tomar difíceis decisões, sendo uma delas a de internar ou não o portador numa casa de repouso. Claro que isso envolverá a parte financeira, mas também deverá pensar nas condições que se tem para oferecer, os recursos humanos que se tem dentro da família. Se a família entender que não consegue dar conta precisará tomar essa difícil decisão, internar seu ente querido. As Casas de Repouso existem para dar suporte, na verdade são verdadeiros “braços” de ajuda para a maioria das pessoas que necessitam e que não dão conta sozinhos de cuidar do doente da D.A. Internar não é o fim do mundo, é inicialmente triste pra quem ama e pra quem é amado, mas a pessoa que ama pode acompanhar o interno, não precisa abandoná-lo. Uma boa pesquisa sobre todo o funcionamento da Casa de Repouso garantirá maiores segurança e conforto tanto pra o doente como para seus familiares que ficarão mais tranqüilos em relação aos cuidados que seu ente querido receberá.

Outra decisão difícil é a interdição jurídica do doente, pois certamente em algum momento da doença a pessoa perderá a capacidade de administrar seus bens e até mesmo sua própria vida. Um curador precisará ser eleito para cuidar de toda essa parte para o doente.

O portador da D.A. precisa de cuidados e atenção quase que 24h. por dia. Precisará ir ao médico periodicamente, terá muitos remédios pra tomar, a higiene terá que ser acompanhada, a alimentação, caminhadas não podem ser feitas sozinhas. A partir do diagnóstico não se deve deixar o portador de Alzheimer sozinho, ele pode se machucar, se perder e ser enganado por outras pessoas; com o tempo o portador também perde a noção de juízo de valor, passa a não ter vergonha e nem discernimento sobre o que pode ou não pode fazer diante de outras pessoas, podendo se despir ou urinar em qualquer lugar e na frente de qualquer pessoa; passa a não se importar com a aparência e nem dar valor ao sentido da palavra, ficando evidente uma forma mais primitiva de comunicação, inclusive a agressão verbal não tem mais conotação de ofensa, mas sim acontece como uma tentativa de se comunicar. O portador procurará por todos os lugares, gavetas, armários entre outros, algo que lhe faça lembrar, que possa dar sentido à sua permanência naquele lugar. O portador procura angustiadamente uma maneira de se sentir vivo, recorrendo até as lembranças mais infantis, que certamente são as mais fortes na vida das pessoas, dando até a impressão de que voltaram a ser crianças. Essa “regressão” se torna necessária, ela é importante para quem já não consegue mais “acessar” todas as lembranças, quem não consegue mais se reconhecer com um ser histórico.

Junto a tudo isso também vem a degradação, os órgãos começam a perder suas capacidades, pois seus comandos passam a não ser mais sustentados pelas conexões cerebrais que vão se perdendo aos poucos, nesse momento a ajuda médica é fundamental, pois precisam dar uma condição “artificial” ao funcionamento desses órgãos.

Por fim, acontecem as falências, alguns órgãos perdem completamente sua capacidade e a pessoa fica numa condição quase que vegetativa até a sua falência total.

A fase final talvez seja a mais difícil, principalmente para os cuidadores, que passam por uma experiência de confusão, uma mistura de sentimentos onde muitos não conseguem lidarem sozinhos. Há um esgotamento físico e mental que todos os cuidadores experimentam; estresses, desilusões, vontade de desistir. Essa é uma fase muito delicada porque é nela que os cuidadores são acometidos por doenças. As pessoas ficam depressivas por um período, pois suas energias são muito solicitadas e chega uma hora que se torna impossível não se sentir “pra baixo”. O que chama atenção é quando uma pessoa já acometida por uma doença grave passa a cuidar de um portador de Alzheimer, essa tarefa de certo se torna necessária, mas de fato desumana para quem deveria ao invés de cuidar ser cuidado. Esse é o risco da multiplicação das doenças.

O portador de Alzheimer muito mais que um período depressivo é realmente acometido pela doença depressão, o humor deprimido realmente acontece com quase todos os portadores da doença. Eles geralmente procuram pelo isolamento, não querem ser vistos e nem compartilhar de agitações, isso os irritam muito, visto que, não conseguem estabelecer uma conexão concreta com esse mundo externo, de certa forma não se sentem parte dele.

O câncer e a doença de Parkinson também aparecem muitas vezes em conjunto com a D.A. o que piora o quadro e nos leva a pensar que muitas vezes a pessoa pode não morrer só de Alzheimer.

Há muitas considerações sobre a D.A., sendo o mais importante no lidar do dia-a-dia facilitar a vida daquele que sofre e garantir uma qualidade maior e melhor à sua vida, para tanto, seria importante considerar a pessoa humana que há por detrás da D.A. A verdade é uma só: O portador de D.A. tem vida e está presente na família, com limitações, mas é um membro da família.

Como membro familiar, como pessoa humana, cidadã, ela tem direitos e garantir esses direitos é tarefa de todos e não só do poder público.

Facilitar a vida do doente requer algumas observações, entender aquilo que ele mais gosta e ajuda-lo, estimulando-o nas tarefas. Geralmente a música, os animais, flores, pintura, brincadeiras com bolas coloridas, alguns passeios curtos ajudam na manutenção da qualidade de vida. O conversar, o estar presente, o compartilhar das refeições.

O convívio com crianças é muito importante. Elas são na maioria compreensivas, amigas e estabelecem um troca muito positiva com qualquer pessoa que estejam presentes em sua vida, elas sentem que o vovô e a vovó estão doentes e querem participar ajudando-os de alguma forma. As crianças certamente chamam a atenção dos idosos, mesmo esses sendo apenas espectadores dessas crianças ficam mais calmos ao vê-las por perto.

Uma forma de agir mais carinhosa e compreensiva pode ajudar muito o portador da D.A. Resumidamente uma Relação com muito Amor tem um efeito muito positivo na recuperação diária deles.

A D.A. é certamente vivenciada como sendo um dia de cada vez. A pessoa cuidadora deve ter muita paciência e muita devoção, precisa assumir responsabilidades diárias que comprometem outros campos de sua vida.

É fato que quanto maior a duração do cuidado pode ser que piore a qualidade de vida do cuidador, porém, se esse estiver bem informado, a experimentação diante desse cuidado não ficará só no âmbito do esgotamento e sim de um grande aprendizado humano. O cuidador aos poucos descobrirá uma capacidade de lidar com situações que certamente antes de lidar com essa doença jamais imaginaria possuir, isso lhe trará satisfação, afinal experimenta também uma outra forma de pensar, agir e sonhar. Isso tudo trará junto uma sensação de ter uma tarefa diferenciada e dar conta dela certamente o torna de alguma forma especial.

O importante mesmo é fazer o portador da D.A. interagir, incluí-lo nas relações sociais, dar a ele a oportunidade de utilizar suas potencialidades com atenção e carinho.

O grande medo dos cuidadores é de também serem potenciais futuros doentes de D.A. As doenças hereditárias em geral ficam “em repouso” e somente se manifestam se a pessoa não se cuidar. Cuidando de sua saúde física e mental dificilmente a doença se manifestará. Fazer exames periódicos também ajuda muito e acima de tudo não ficar “maquinando” sobre o assunto. A hereditariedade é uma possibilidade de repetição e não uma verdade absoluta de repetição.

O cuidado nunca acontecerá sem esforço maior, essa será sempre uma tarefa árdua, difícil, mas possível de ser feita com maior segurança e conforto e o caminho para isso é a Informação. Haverá sempre momentos de fragilidades, ninguém será herói, desconfortos acontecerão, por isso, dividir tarefas é muito útil, nem sempre um familiar estará disposto à isso, mas as pessoas poderão contar com os grupos de ajuda, centros de referência, associações, casas de repouso e algumas pessoas amigas que se solicitadas comparecerão para ajudar em algumas tarefas.

O cuidador é um auxiliar importante, diria que fundamental, sua tarefa garante a sobrevida daquele que realmente não poderia viver sem essa ajuda. O cuidador é de fato o maior conhecedor dessa doença, pois convive diariamente com o portador e aprende na prática a difícil tarefa do cuidar. Os grupos formados por cuidadores vêm garantindo uma melhora de qualidade no lidar com portadores de D.A., também garantindo um conforto entre os cuidadores, algo de importante vem acontecendo e isso deve ser compreendido e valorizado pela área da saúde.

Deixo aqui duas importantes fontes de onde se podem obter maiores informações e ajuda sobre a doença de Alzheimer.

Perfil do livro “Alzheimer, a doença da alma” no orkut.
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=3331091735461427148

Comunidade “Alzheimer Research” no orkut.
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=103621


Se informem sobre a doença e ajudem a ampliar a informação para que juntos possamos vencê-la.

11.11.08

O paradoxo da filosofia banalizante


Achilles Delari Junior (39) é psicólogo pela UFPR, mestre em Educação pela Unicamp, na área de concentração "Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte". Afastou-se da vida acadêmica e busca estabelecer contatos com pessoas interessadas em temas relativos à Psicologia, à Linguagem e à Ética, sobretudo a partir de contribuições de Mikhail Mikhailovitch Bakhtin e Lev Semionovitch Vigotski.
Parece incrível que a filosofia, cuja função primeira sempre foi lançar um olhar de estranhamento e admiração àquilo que a repetição nos fez passar a ver como banal, num malabarismo midiático, possa prestar-se à prática inversa: banalizar temas sutis, complexos, polimorfos, de difícil compreensão. Mas isso acontece, como no blog de um professor de São Paulo, Paulo Ghiraldelli Junior, em seu texto “Depressão e Filosofia”, de 29 de outubro de 2008. Ali vemos definições indiscriminadas e preconceituosas para o que se diz serem “os depressivos”. Esse autor, em nome da filosofia, que poderia desarticular dispositivos simbólicos do preconceito, mais os hipostasiou, deu a eles estatuto de existência concreta – recurso discursivo mais adequado à alienação que ao esclarecimento. Ele inicia dizendo:

“O que pode fazer você feliz? Você sabe o que é ser feliz? Algumas pessoas sabem, mas muitas não sabem, mesmo tendo tudo para não se preocuparem. Estas últimas são os chamados genericamente de “depressivos”. Tudo pode dar certo na vida dessas pessoas, mas elas não conseguem curtir o êxito, elas estão sempre “de baixo astral”.”

“Depressivo”, até aqui corretamente entre aspas, não poderia ser alguém com depressão, como mal ao qual nos cabe ajudar, senão a curar, ao menos a minimizar com recursos sociais disponíveis para promoção de saúde. Parece falar-se de algo diverso. Chama-se de “depressivo” alguém que por vontade ignora o que é ser feliz, mesmo já sendo! Sua vida é perfeita e não consegue ou, pior, “não quer” admitir... Alguém sem preocupação que, por capricho, simula um “baixo astral” para com isso ganhar mais benefícios do que já tem, mesmo tendo tudo. Alguém muito ambicioso, deduz-se. O autor pinta tal quadro surreal. Retrata um “mentiroso” com o gosto excêntrico de dizer não estar bem, ainda que com tudo maravilhoso, mesmo num mundo em que o status de “levar vantagem” é tão cultivado. Conhecemos tantas pessoas com descrição tão curiosa? A elas nomearíamos “depressivas”? A todos os nossos conhecidos que sofrem com depressão atribuiríamos tais características tão pitorescas?

Talvez ele não falasse de depressão, e usasse a palavra só por falta de conhecimento crítico de seus significados. Poderia ser uma “metáfora” – já que usa “aspas”. Antes fosse, embora saibamos, desde a filosofia da linguagem de Bakhtin, que a eleição de uma palavra não é aleatória e envolve compromisso ético de quem enuncia, marcando ainda uma posição de classe na arena de lutas do signo. Mas quem lê até o final vê a reposição dos preconceitos, em tom sarcástico, apelativo, mal dirigido, atacando um interlocutor indefinido e abstrato, sem levar em conta uma audiência social concreta, historicamente situada, como a de pessoas que de fato enfrentam a depressão e não coincidem com a ficção caricata criada pela mente do autor. Dispensando possíveis alianças dialógicas, ele omite a polissemia, contradições e nuances do tema, torna-o unidimensional, monológico:

“Mas, não se esqueçam: a depressão crônica faz de você aquele que adora ser cuidado, então, quando algo pode tirar você da infelicidade, isso, não raro, pode lhe meter medo. E sabemos bem esta verdade: não são poucos os depressivos que diante da possibilidade de uma cura rápida preferem nem ouvir falar nisso. Ficar feliz é tudo que não querem, pois a infelicidade já teria se transformado em uma propriedade querida, um bem, uma vocação. E ninguém quer perder um bem ou uma vocação. Tirar a depressão de um deprimido crônico pode significar para ele devolver-lhe a liberdade, e uma boa parte de nós teme a liberdade.”

As aspas caem no final e não é que “mude de posição” para uma “mais literal” que a anterior, só repete mais intensamente o preconceito já posto, no qual as pessoas com depressão não sofrem qualquer mal que lhes tire a saúde, que lhes impeça de viver bem. Ao contrário, apresenta a hipótese de que o “deprimido” é um infeliz voluntário e interesseiro que só se beneficia do mal que diz acometê-lo. Um mal que sequer existiria, pela retórica estrategicamente áspera de Ghiraldelli. Marca-se uma versão relativista da dor humana, tomada como pura superestrutura simbólica acrescida, no suposto caso, de alta dose de perversão ou má fé, sobre as quais recai o juízo moral do autor: “pessoas depressivas têm medo da liberdade”. Juízo moral, pois supõe que ser livre é possível nesta sociedade, só não é quem tem má vontade. O medo, ademais, só pode estar aí como vício e fraqueza, jamais força ou virtude, sequer contingência ou defesa, portanto se o condena. Em suma, nesta versão: “depressão não existe”, é só um capricho de quem “diz” tê-la. Como o de um político ou intelectual que diz haver “liberdade” e “democracia” para se favorecer da ilusão que isso cria, mesmo que elas inexistam aqui.

Tanto é dúbia a liberdade da qual o autor diz ter medo o “depressivo”, que minha crítica enviada ao seu texto não foi publicada, o convite ao diálogo rejeitado e o exercício da liberdade impedido por quem acusa outros de temê-la. Trata-se ali de filosofia sem diálogo, algo que sequer na Grécia aristocrática com sua “democracia” para apenas 10% da população, se concebia. Já um comentário de Thiago Leite Ribeiro, imitando a retórica simplista do texto, foi bem aceito. Este repôs, sem crítica, a noção de o “depressivo” só não sair de sua condição por “gostar dela”... Mas se o “depressivo” não gosta de ouvir o que contrarie sua “falsa crença de que sofre”, também o moderador do blog não gosta de ouvir contestação, censurando, silenciando, apagando o diferente. O “gostar” do “depressivo” é posto tacitamente como moralmente inferior ao “gostar” do moderador, que condena um vício no outro, mas não o mesmo vício em si: permanecer no mesmo lugar. Nisso o conteúdo moralista de “Depressão e Filosofia”: a culpabilização individual da doença. Abstraem-se suas causas psicossociais, ignoram-se seus componentes genético-moleculares complexos e nem se cogita a dinâmica da integração dialética desses determinantes, como é típico da ideologia liberal pequeno-burguesa mais conservadora: “quem sofre é o único culpado por sua dor”, “cada um tem o sofrimento que merece”.

A mimese de Ribeiro ainda equipara depressão e tristeza - algo bem freqüente no senso comum. Mas sabe-se: “depressão não é o contrário de alegria, é o contrário de disposição”. Depressão não é o mesmo que tristeza. Alguém pode estar triste e ainda manter disposição para suas atividades, mesmo carecendo de sentido em dado momento, por algum motivo. Daí a dificuldade de quem ignora o quadro em conceber que alguém profundamente indisposto e apático não tenha ânimo para sair da situação por si, o que seria paradoxal. Ou nos omitimos e aguardamos que a indisposição recue – com o tempo, como que por um ciclo biológico, uma maré. Ou algo se faz para intervir -– com a medicina, psicologia ou a filosofia com seus phármakons. Com alguma solidariedade. Sair da depressão profunda por si próprio seria como uma aventura do Barão de Münchausen. Mas estar preso é cômodo? À falta de apetite? Às dores no corpo? À ausência de libido? À insônia? Ao vazio? À ideação suicida? Ao auto e hétero moralismo recorrentes? Aos efeitos adversos dos remédios? É cômodo? É gostoso? O sincretismo aplicado por Paulo e Thiago, seu uso indiscriminado de palavras que cobrem situações bem diferentes e até antagônicas, não contribui para um pensamento crítico. Quem é esse “depressivo” de que se fala? O que realmente se está chamando de “depressivo”, como se isso se aplicasse a tudo que está sob tal signo? Os pretensos críticos aqui só corroboram preconceitos muitíssimo enraizados no senso comum, no conservadorismo, aos quais antes caberia à consciência filosófica superar.

É de admirar que leitores de um blog tão consultado, diante da gravidade da situação, não se manifestem contra ela. Contudo, sabendo que as posições divergentes não são ali publicadas, não havendo liberdade de expressão, a admiração se dissolve. Ali não há o que admirar. Justo num campo em que antes deveríamos aprender a nos admirar com o mundo tido como banal, acabase por banalizar o que poderia ser objeto de admiração e reflexão crítica: a dor humana e a luta do homem contra ela, suas contradições, seu sucumbir, suas esperanças e aspirações. Se pessoas que realmente sofrem com a depressão e lutam contra ela podem sim cultivar ou manter uma vontade de alegria espinosiana, de compor mais com o mundo, de estabelecer alianças com os outros em busca de um bem comum, mesmo que no contraponto e na adversidade, não será por conta das colocações infelizes, tristonhas, de tal “filosofia” banalizante, mas apesar dela e justamente contra ela.
Postado por Achilles Delari Junior às Marcadores: banalização, depressão e filosofia, Ghiraldelli, moralismo, preconceito, simplismo

Esta matéria saiu também em
A Tribuna do Povo, Umuarama, sexta-feira, 07 de novembro de 2008.

5.11.08

A NOVA REALIDADE AMERICANA BARACK OBAMA





Barack Obama
Democrata de Illhois casado e com duas filhas foi senador em 1961 nasceu em 4 de agosto Havaí, de mãe americana e pai Queniano formado em Ciências Políticas Advogado e Professor de Direitos Constitucional na Universidade de Chicago
Senador pelo estado de Illhois em 1996

Hoje o Primeiro Presidente Americano negro
Comemorado com grande festa na madrugada desta terça –feira. O novo Presidente sabe que precisará enfrentar a situação Americana criada pelo Governo anterior, de descrédito e de terror, coincidência ou não um, outro presidente Americano sem tanta experiências Política, e também na maior crise política do pais e também vindo de Illhois Abraham Lincoln. Conseguiu ser o melhor presidente Americano de todos os tempos.O Povo Americano está acreditando Que finalmente o POVO unido a Barack Obama a situação Americana seja solucionada, embora sabendo que será uma dura luta, começando pela retirada das tropas americanas do Irak,e o equilíbrio das contas
Americanas, enfim uma luta do Povo Americano.Disse Obama.Não há Estados Unidos de esquerda e Estados Unidos conservador. Só existe Estados Unidos. Não há uma América branca e uma América negra e um América hispânica ou asiática: existe os Estados Unidos da América e somos todos um, declarou em seu discurso. Ao descer foi aplaudido de pé pelos delegados.O mundo todo está de pé acreditando
que algo realmente melhor poderá está vindo que uma nova era chegou. Boa sorte Obama