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24.10.10

A Educadora que Mudou o Mapa dos Afetos através do Amor e da Poesia

Este é um Trabalho da Ana da Cruz,Escritora, Tradutora, Agente Sócio-Cultural

As histórias de Sapho, Sócrates, Platão e Aristóteles se confundem, por seu papel inigualável dado à memória na educação.

Fedro:
Mas quem são estes sábios,
onde ouviste discurso melhor do que este?
Sócrates:
No momento, não posso dizê-lo com exatidão,
mas é certo que já escutei coisa melhor,
seja da bela Sapho,
seja do sábio Anacreonte,
ou de algum escritor qualquer.
(Platão, Fedro)

A Arquiteta da Poesia e o Início de uma Revolução nos Costumes entre Casais

No século VII a.C., durante a Antiguidade Clássica Grega, época de célebres poetas e filósofos, entre os intelectuais da realeza, quando os senhores da guerra cultuavam Ares e outros deuses e deusas que lhes pudessem proteger dos inimigos, já que os homens ambicionavam riquezas e conquistas de novas terras, tendo que para isso matarem-se, surge Sapho, uma mulher rica e refinada, precursora de uma revolução na educação, nas letras e nos costumes, sem precedentes, como primeira mulher independente da história, dona da primeira grande escola para mulheres que incluía as letras, primeira grande poeta da humanidade e a primeira reitora.

Sapho ou Psappha, como ela assinava, no dialeto eólico - nasceu entre 630 a 612 a.C. em uma família rica da cidade de Eressos. Ainda criança, mudou-se para a capital Mitilene, um grande pólo cultural na época, capital da ilha de Lesbos. Seu pai, reconhecendo-lhe a inteligência e orgulhoso de sua filha única, ficou com pena de ela, só por ser mulher, não ter direito a um estudo de qualidade e cuidou com zelo de sua educação.

Ainda jovem, foi deportada para a cidade de Pirro, sob a acusação de conspirar contra o ditador Pitaco. Anos mais tarde, quando retornou, ainda temendo que suas palavras influenciassem nas perturbações políticas na ilha, ele novamente a exilou, dessa vez, na Sicília. Lá, conheceu um rico comerciante Kérkilos com quem se casou e teve uma filha, a quem pôs o nome de sua mãe, Kleis. Ele faleceu, deixando-a mãe e viúva cedo, ainda mais rica. Sapho decidiu-se não se casar novamente e volta a Lesbos ainda mais poderosa, decidida a mudar a ordem das coisas.

Sua vida se tornou ainda mais polêmica quando retornou depois dos cinco anos de exílio e se transformou na líder intelectual de Mitilene, quando decidiu a proporcionar as mentes femininas um estudo mais abrangente, fundando uma escola só para moças da realeza. Intencionava mudar o mundo através das mulheres e da valorização do seu amor. A paz seria possível se os maridos se apaixonassem e as mães tivessem conhecimento suficiente para educar seus filhos, e, através deles, influenciar o futuro. Tinha um profundo amor maternal por sua filha Kleis, o se mostra na estrofe:

Tenho uma formosa filha que tem para mima esplendorosa beleza de uma flor de ouro,minha amada Kleis, quem não trocaria por nada,riquezas da Lídia ou a formosa Lesbos.

Sacerdotisa de Afrodite - a deusa do amor, muitos acreditavam que ela a personificava, sendo considerada a mulher mais linda de sua época, tendo nos olhos emanada uma força e um tom de azul incomuns, cabelos violeta (o que também se pode atribuir ao uso da henna) e sorriso de mel. Segundo Giuliana Ragusa, em “Fragmentos de uma Deusa”, através da poesia lírica de Sapho, redimensiona-se a imagem da deusa Afrodite, complexa e multifacetada, percorrendo, além da literatura, a história, a religião, a arqueologia e a iconografia gregas.



Safo, Soma Orlai Petrich, 1855


O distanciamento entre homens e mulheres a incomodava, como as implicações disso na vida que todos levavam: os homens preocupados com a guerra, com comandos e posses, as mulheres sempre sozinhas, tratadas, entre a realeza, como útero dos herdeiros (não era raro que seus filhos homens, que lhes eram arrancados cedo, logo que eles desmamavam, para serem educados para a luta armada e liderança), entre as classes menos abastadas, eram tratadas como escravas servis e animais de procriação, acentuadamente, pela necessidade do trabalho braçal e da reposição populacional constante, dadas as vidas que se perdiam nas guerras que se sucediam, trazendo fome a muitos povos. Por causa disso, tinham uma lei: quando um homem não retornasse ao lar durante 7 (sete) anos, a família podia da-lo como morto e sua esposa poderia se casar novamente. Raríssimos eram os casos dos que sobreviviam e voltavam depois desse marco temporal.

Antes da implantação do seu sistema de educação para mulheres, nas chamadas “escolas para mulheres”, aprendia-se prendas domésticas e também a música, pois era considerado de bom tom que a mulher da realeza pudesse tocar para as visitas de forma a orgulhar seu marido. Em geral, para as mulheres gregas, não havia lugar além do setor doméstico: suas vidas resumiam-se a cuidar da casa e seus homens as viam como seres inferiores a eles. A função era de reprodutora e não de mãe, pois, antes de Sapho, a mulher era considerada apenas como instrumento necessário para perpetuar a família através da linhagem paterna. Na época, nem se considerava que os filhos herdassem qualquer coisa das mães.

Como professora, amada por todas as suas alunas, celebrada e respeitada em toda a Grécia, Sapho acabou representando Sócrates para as jovens mulheres. Enquanto os institutos de ciências domésticas comuns ensinavam que modéstia consiste em manter-se silenciosa, Sapho ensinou a arte e o poder da palavra; que boas maneiras requerem a repressão do movimento, Sapho lhes ensinava a dança e a música; que a "economia doméstica" a torna serva humilde de seu marido, Sapho ensinou a arte de ser amante, como um guia para os rituais do amor. Analisando o currículo de uma escola sáfica, percebe-se que a unidade entre corpo e espírito era mais do que apenas um ideal, mas uma prática.

Sendo devotada à deusa Afrodite, essa influência fez de Sapho uma artista e pedagoga de múltiplas linguagens. Ensinava às suas discípulas (chamadas hetairai = amigas, tratando-as como iguais e não como uma mestra, acima de suas alunas), além do que as demais escolas ensinavam: a leitura, a escrita – e nessa, a poesia, também as artes da sedução, como a dança e os detalhes da postura, do olhar, do perfume, o toque... o conjunto do ambiente em que a mulher devia dominar para reinar em sua família. As mulheres que foram suas discípulas tinham-lhe devoção e os homens que começaram a ver em suas esposas qualidades e por elas se enamorarem, também tinham-lhe admiração. Em meio a tantos inimigos, eram muitos e poderosos os que lhe eram gratos e protegiam-na.

Orgulhosa do prodígio de suas alunas, observando nas mulheres a inteligência e a grandeza dos sentimentos somada à agradabilidade do convívio, Sapho passou a ter sua vida sexual somente dedicada às mulheres, o que também lhe garantia não perder a independência que adquirira – já que cada vez mais ganhava dinheiro e prestígio, e também por sua crença pessoal de que o amor devia ser o caminho natural ao sexo – e não somente a perpetuação da espécie – até mesmo independendo desse fator.

Não foi discriminada por esse motivo, pois não era considerado que a afetividade e troca de carícias entre mulheres pudesse ser uma relação social de acasalamento resultando numa vida a duas (como é a tendência do homossexualismo feminino atual), mas um preparo para posterior encontro de uma mulher com seu homem, tornando-a mais hábil para que dela, esse se agradasse, favorecendo aos dois, pois eis que o homem se encantava de sua mulher e, assim, essa era elevada da condição comum das mulheres de sua época. Além disso, sua conduta era associada à deusa Afrodite, por sua inteligência e astúcia, pela beleza inigualável, sendo ela mesma considerada um símbolo da deusa do amor, sua sexualidade livre não foi bem aceita em muitas mentes castradas e racionais do período, mas isso não impediu que sua popularidade se estendesse, com suas ideias causando curiosidade e surpresa, influenciando também os costumes de toda a Grécia e de outros povos da Antiguidade Clássica.

Como poetisa, Sapho escreveu nove livros de odes, elegias, hinos e cânticos nupciais, mas apenas alguns fragmentos escaparam e chegaram até os dias atuais (inclusive uma ode completa e quatro estrofes de outra) - em dialeto Eólico, razão porque foram preservados por gramáticos para estudos e exemplo desse dialeto do Grego. Atrevida, experimentou vários tipos de métrica e inaugurou temas que, até então, não eram matéria poética. A ela, devem-se os versos sáficos - os decassílabos com tônica na quarta, oitava e décima sílabas. Foi também a precursora do lirismo poético, onde o Eu coloca seus sentimentos, característica que lhe rendeu o título de "a primeira lírica dos tempos". O assunto principal de seus poemas sempre foi o amor, escrito com naturalidade e simplicidade, muitas vezes, revelado com ternura, outras, com paixão, incluindo sentimentos como a tristeza e o medo, um dos motivos porque seus poemas foram considerados “suspeitos”, já que foi ela a primeira pessoa a escrever poesias com eu-lírico falando dos seus sentimentos diante do mundo e da pessoa amada, mas seu lado mais polêmico foi a inauguração da chamada poesia erótica. O seu poema mais celebrado, a maioria dos gregos sabia de cor cada palavra. A seguir, duas versões:

"Igual aos deuses esse homem me parece:
diante de ti sentado, e tão próximo...
ouve a doçura da sua voz,

e o teu riso claro e solto.
Pobre de mim;
meu coração bate de assustado.

Num ápice te vejo
e a voz se me vai; a língua paralisa;
um arrepio de fogo, fugaz, fino,corre-me a carne;
enevoados os olhos; tontos os ouvidos.

O suor me toma,em tremor, me prende.
Mais verde sou do que uma erva,
e de mim não parece a morte longe.
E de um espaço limite estreito,intermediário, grito!
Mas resisto.Mesmo a essa angústia de amor" **

Contemplo Como o Igual dos Próprios Deuses

Contemplo como o igual dos próprios deuses
esse homem que sentado à tua frente
escuta assim de perto quando falas
com tal doçura,

e ris cheia de graça. Mal te vejo
o coração se agita no meu peito,
do fundo da garganta
já não saia minha voz,

a língua como que se parte, corre
um tênue fogo sob a minha pele,
os olhos deixam de enxergar,
os meus ouvidos zumbem,

e banho-me de suor, e tremo toda,
e logo fico verde como as ervas,
e pouco falta para que eu não morra
ou enlouqueça.

Suas palavras eram tão eloquentes e a sua descrição das emoções tão detalhada que médicos da época chegavam a diagnósticos, utilizando-as como referência. “Erasístrato percebeu que a presença de outras mulheres não produzia efeito algum nele. Mas quando Estratonice aparecia, só ou em companhia de Seleuco, para vê-lo, Erasístrato observava em si todos os sintomas famosos de Sapho: sua voz mal se articulava. Seu rosto se ruborizava. Um suor súbito irrompia através de sua pele. Os batimentos do coração se faziam irregulares e violentos. Incapaz de tolerar o excesso de sua própria paixão, ele tombava em estado de desmaio, de prostração, de palidez.”

Sapho, quer pela condição aristocrática, quer pela sua inteligência que não passava despercebida quanto pelo amor e admiração que seu pai sempre lhe teve, possuiu, desde cedo, um pouco mais de direitos e foi assim que influenciou filósofos, artistas e relações de família em todas as gerações posteriores, mesmo sendo tão perseguida e tendo quase toda obra queimada. A memória que guardaram dela era ainda maior que seus escritos. Terminou seus dias refugiada na Itália, onde também possuía amigos e propriedades, dadas às perseguições de seus inimigos, que a viam como um perigo à ordem vigente das coisas. Acredita-se, por seus fragmentos, que morreu em idade avançada. Veja essa tradução de um trecho de seu poema.

Vós, meninas, entusiasmem-se com os carinhos os presentes
Das musas de seios perfumados e com a lira clara e melodiosa:
Mas o meu outrora macio corpo, agora velho
Enrijeceu; meus cabelos tornaram-se brancos, em vez de negros.

Aristóteles (século IV a.C.) chegou em Lesbos fugido, pois teve seu amigo Hermias traído e entregue aos persas que o crucificaram - e durante mais de cinco foi professor professor na Ilha, dando lições e trabalhando com as suas obras. A visão de Aristóteles era de um mundo exclusivamente masculino, um presente dado ao homem que tem em si e no universo uma possibilidade de conquista permanente, enquanto a mulher era considerada um animal de procriação, como mostram seus dizeres - “A mulher é o "homem incompleto", ser passivo e receptor (pelo contrário, o homem é o activo e o dador). A mulher recebe e conserva a semente, o homem é o semeador. O homem dá a forma, a mulher, a matéria. A sua única função é a reprodução”.

A reação de Aristótoles no contato com a obra sáfica foi difícil, pois além da comprovação da existência de Sapho já colocar em dúvida muito do que ele defendia, era considerado que a obra dela superava a dele em relevância - pregava amor e paz pela delícia dos amantes estarem juntos e essa possibilidade viria do encontro com a mulher, sendo o seu amor a maior conquista. Em uma época quando a poesia era tão somente um meio de transmitir fatos históricos e mitos coletivos, a descrição de Sapho de seus sentimentos pessoais parecia-lhe uma audácia sem precedentes, mas ao mesmo tempo impressionante pela poetiza ser uma das primeiras pessoas a descrever em forma poética uma emoção profundamente sentida, o que causava a todos que a liam profunda repercussão. Denunciando que a obra corromperia os costumes, Aristóteles conseguiu que fosse confiscada e confiada a ele para estudo, mas posteriormente, ele queimou seus trabalhos mais significativos, devido ao ciúme e ódio que dele tomou conta, tamanha a admiração e influência que eles causavam a outros que tiveram acesso, ficando apenas poesias.

Fato é que mais que seu método educacional “in loco”, na ilha de Lesbos, sua poesia foi muito apreciada em toda a Antiguidade Clássica Greco-Romana, estendendo-se até os dias atuais, numa repercussão sem precedentes, influenciando os costumes. Na época de Cristo, já se nota a repercussão de suas ideias, pois era notória a ascendência da mulher que, diante do marido e dentro da família, havia crescido, se fosse feita uma comparação em relação da poetiza, seis séculos anteriores.

Jaa Torrano, em "Três Poemas — Safo de Lesbos" - lembra que se na poesia de Sapho não encontramos o amor devotado a um homem, era porque este amor ainda não existia para a mulher grega, até então, mas ela propõe uma nova era com a manifestação do amor concebida através de uma entrega e uma vivificação junto à sensualidade feminina. Devido a haver uma exclusão das mulheres no mundo dos homens clássicos, o lesbianismo sáfico não contradiz o Mito de Afrodite. Sem dúvida, Sapho ensinou as mulheres e delas não se desviou, quando sua influência e celebridade atingiram o mundo masculino. Não era uma recusa aos homens, mas um não a suprimir qualquer preferência sexual. Os valores que se opõem a Sapho e a Afrodite não são aqueles do amor heterosexual, mas sim, aqueles da ausência sexual – já que os homens abandonavam suas mulheres para as guerras - que tinham a duração de anos - e quando as buscavam era para ter filhos, não tendo com elas relações afetivas com buscas sexuais constantes, já a que a afetividade masculina era dedicada somente aos homens.

Somente os mais desatentos enxergaram na poesia de Sapho apenas o argumento lésbico. Enquanto Sócrates e Platão nitidamente valorizaram apenas aqueles de seu próprio sexo, e a filosofia de ambos é totalmente masculina, o trabalho de Sapho é universal, pois foi a primeira pessoa a defender abertamente o valor da afetividade feminina: 1) o amor entre homens e mulheres; 2) o amor entre duas mulheres; e 3) a pureza e a dedicação do amor da mãe, mais a necessidade do acompanhamento materno na formação e educação dos filhos.

Assim, enquanto o Eros que inspirou os filósofos da era clássica apenas levava em consideração o amor homossexual masculino, pois o afetivo-sexual era um valor somente entre homens, Afrodite e Sapho estendiam sua influência às mulheres, mas não excluíam os homens, como uma opção válida no mundo feminino. Dessa forma, o mito de Afrodite e a pedagogia de Sapho incluíam a mulher como ser afetivo-sexual com os mesmos direitos e também unificavam o masculino e o feminino, numa proposta de heteroerotismo, enquanto o erotismo dos filósofos clássicos anteriores incluíam unicamente a relação entre homens e os separava do mundo das mulheres.

Impressões sobre Sapho

Segundo o filósofo Máximo de Tiro, Século II d.c, tanto Sapho quanto Sócrates tinham obras de semelhante linha de pensamento, embora tivessem vivido em séculos distintos, com a diferença que ao versar sobre o amor, Sócrates falava do homem para o homem, enquanto Sapho realçava as qualidades femininas como ser que doa o amor, que gera por amor, tirando-as, na sua obra, da condição de seres menores, trazendo-as para a condição de seres de igual valor, com luz própria e capazes de nobres ideais. Para se entender como as mulheres eram refletidas antes da escolástica sáfica, veja-se um bom exemplo nas palavras de Pitágoras “existe um princípio bom que gerou a ordem, a luz e o homem; há um princípio mau que gerou o caos, as trevas e a mulher”. Apesar de considerado polêmico, seu trabalho foi reconhecido como de valor inestimável e sua beleza e graciosidade como mulher era cantada pelas gerações posteriores até mesmo pelos mais renomados como Sócrates e Platão, um dos seus maiores admiradores, a ver:




Sapho: século XIX (1819-1820)

Coleção de Tancredi Falletti di Barolo.

Desta Sapho viril, que foi amante e poeta,
Mais bela do que Vênus pelas tristes cores!
O olho do azul sucumbe ao olho que marcheta
O círculo de treva estriado pelas dores
Desta Sapho viril, que foi amante e poeta!

Mais bela do que Vênus sobre o mundo erguida,
A derramar os dons da paz de que partilha
E a flama de uma idade em áurea luz tecida
No velho Oceano pasmo aos pés de sua filha;
Mais bela do que Vênus sobre o mundo erguida!

A poetiza influenciou e foi citada por muitos poetas da Antologia Grega e outros, como "Longinos", no tratado sobre o Sublime. Foi imitada por Catulo na formação de suas estrofes, em seu poema 51 (Ille me par esse deo videtur). Nas suas Odes II, xiii, 24-25, e IV, ix, 11-12 (Vivuntque commissi calores Aeoliae fidibus puellae), Horácio refere-se a ela. Em suas Heroides, Ovídio escreveu uma epístola fictícia de Sapho a Fáon. Sapho inspirou também muitos poetas ingleses de renome, como Frederick Tennyson e Swinburne, em "Anactória".

Para Anactória

A mais bela coisa deste mundo
para alguns são soldados a marchar,
para outros uma frota; para mim
é a minha bem-querida.

Fácil é dá-lo a compreender a todos:
Helena, a sem igual em formosura,
achou que o destruidor da honra de Tróia
era o melhor dos homens,

e assim não se deteve a cogitar
em sua filha nem nos pais queridos:
o Amor a seduziu e longe a fez
ceder o coração.

Dobrar mulher não custa, se ela pensa
por alto no que é próximo e querido.
Oh não me esqueças, Anactória, nem
aquela que partiu:

prefiro o doce ruído de seus passos
e o brilho de seu rosto a ver os carros
e os soldados da Lídia combatendo
cobertos de armadura.

Sua beleza e talentos eram cantados em verso e em prosa. Para o poeta Alceu, Sapho era aquela de “cabelos violetas e sorriso de mel.” Plutarco a chamou de “A Bela”. Estrabão escrevera que "Sapho era maravilhosa pois em todos os tempos que temos conhecimento não sei de outra mulher que a ela se tenha comparado na beleza, e ainda que de leve, em matéria de talento poético."

Há quem afirme serem nove as musas. Que erro!
Pois não vêem que Sapho de Lesbos é a décima?
— Platão

Sapho foi aceita como parte do grupo chamado "Nove Poetas Líricos" - os outros eram: Álcman, Alceu, Estesicoro, Ibico, Anacreonte, Simonides, Píndaro e Baquilides. Entretanto, por outros ainda, recebeu o título de A Inigualável, pois "assim como Homero era conhecido como O Poeta, Sapho era conhecida como A Poetisa", sendo ambos considerados os maiores poetas de todos os tempos.

Excetides entoou um canto de louvor a Sapho para seu tio Sólon, e ele pediu que o moço o ensinasse. Perguntado para quê queria tal coisa, o célebre jurista respondeu: "Quero aprendê-lo, e depois morrer!"

A Herança Sáfica

Na Idade Média, mais de 15 séculos depois de si, Sapho ainda influenciava o mundo, durante o surgimento da concepção do amor platônico do trovadorismo, onde o mundo masculino, pela primeira vez, encontrará a manifestação de um eu-lírico amoroso e dedicado, próximo ao amor da poesia de Sapho. Esse fato que fez com que os olhares se voltassem, agora, ao conjunto de seus poemas que sofreu perseguição, dessa vez, pelo conteúdo erótico, e a maior parte foi queimada em Roma, em 1073, por ordem de Gregório VII. Apesar de todas as tentativas de apagamento, percebe-se que sua influência na poesia se estendeu mais acentuada até o romantismo, mas Sapho chega até nossos dias, tanto na poesia, quanto nos mais variadas áreas humanas.

Nota-se que seu trabalho influenciou a mudança da educação de mulheres, mais pronunciadamente, até de fins do século XVII, quando as escolas reservadas à educação de jovens mulheres passam a ensinar às suas alunas mais que prendas domésticas e a servilidade, agregando, agora dentro do campo teórico, temáticas como educação sexual, o preparo para ser uma mãe educadora, entre outros, uma vez que a partir do século XVIII, houve um avanço gradativo na consideração do papel desempenhado por homens e mulheres e já no XIX, o espaço escolar já era comum e com ensino igual para homens e mulheres, em vários países.

A filosofia e a psicologia que chegam até os nossos dias, herdaram de Sapho um dos seus mais importantes pontos de estudo, pois algumas centenas de anos antes do "Eu" ser objeto dos filósofos, o "Eu" sáfico já existia complexo, sendo pessoal e universal, como se pode comprovar nos fragmentos que sobraram de seus poemas, escritos na primeira pessoa, onde a poetiza descreve uma realidade mais subjetiva do que objetiva - sem a objetividade daquele que observa e deduz de um ponto de vista "científico" ou externo, como era comum aos poetas e filósofos que a predecederam e contemporâneos.

Personificando Afrodite, Sapho foi a primeira pessoa que em si mesma sente aquilo que inspira nos outros, tudo o que falava era a partir de sua própria experiência, num pragmatismo pessoal, motivo por que sua poesia é um ponto decisivo na história da consciência, já que explora domínios do subjetivismo previamente desconhecidos – sendo precursora do chamado “conhecimento de si mesmo” ou autoconhecimento.


Escultura de Dannecker, 1800


Se formos analisar a predisposição mais ampla de sua obra, ainda que a mesma não tivesse sido influenciada por uma visão apocalíptica bíblica e a busca dos 1000 anos de paz, pois ainda não tinham sido escritas, já Sapho que precede em, aproxidamente, 600 anos a Era Cristã. Há 2600 anos atrás, o seu sonho era semelhante, pois propunha a troca do domínio do Eros e Ares simbolizados pelas imagens da cobra e das armas que representavam o sexo e a força no domínio da mulher e do mundo, pela maçã que simboliza o afeto e docilidade que uma mulher pode ter, se conquistada pelo carinho e pelo amor, havendo assim a concordância e a paz entre homens e mulheres, numa convivência amorosa e/ou amistosa, que a felicidade fosse a conquista maior buscada pelas pessoas, deixando as armas que matam de lado, dedicando-se ao trabalho que alimenta, ao prazer do encontro com o ser amado, à família e aos amigos.

Com a abertura do mundo às mulheres, depois da segunda guerra mundial, quando - por falta de mão de obra masculina - foram contratadas para as indústrias a fim de sustentar o mundo em período de luta sangrenta, criar seus filhos enquanto esperavam o retorno dos maridos e parentes, dando condições de sustentação à vida e continuação do desenvolvimento, o amor da mulher continua ensinando e abrindo mentes.

Enquanto para uma mulher apaixonada não importa quem é mais rico ou mais pobre, mais bonito ou mais feio, mais alto ou mais baixo, mais inteligente ou mais estulto, importa que ela ame; para o homem ainda se nota que importa sentir-se superior em alguma coisa – há um medo do sentimento de ser igual à sua companheira que já lhe causa incômodo e chega ao pânico dela o superar em alguma coisa o que poderia faze-lo se sentir inferior. Nota-se que mulheres que herdam grandes fortunas e ricas empresárias que se casam, caso não incumbam seus maridos de cargos da gerência de seus negócios – caso eles não estejam no mesmo patamar social delas e também tenham suas empresas – a tendência é o casamento falir e passar por momentos de violência doméstica. Outra pontuação que se faz é o de mulheres notoriamente inteligentes, o interessante é que possam formar casal com um homem a quem admirem também pela mesma qualidade, visto os casamentos desnivelados quer pelo nível cultural, quer por sua postura diante do mundo, são domesticamente conturbados por crises que se seguem até a separação ou por toda vida (caso sua opção sexual seja heteroafetiva).

Na realidade brasileira, a psicologia que compreende a terapia de casais atenta para o fato da necessidade de afetividade e atenção entre os pares, para diminuição das crises familiares e das crises existenciais particulares de cada pessoa. A sociologia e a sexologia já compreendem o estudo dos casais que formam família com filhos, dos casais homossexuais masculinos e dos casais homossexuais femininos, como formas de distintas práticas de acasalamento e opções de vida entre seres humanos adultos, influenciando novas legislações e novas pesquisas no campo do comportamento. Em alguns países, com grande densidade demográfica, não por motivos das emoções humanas, mas pela praticidade de gestão, essa nova visão é bem-vinda para diminuição da taxa de natalidade.

Como toda época tem seus mártires e heróis, Beckham é o símbolo do novo homem, que se arruma e se perfuma para ser mais apreciado por sua mulher, assim como ela o faz por ele. Sensível, a trata como igual a si, tem-lhe adoração e por ela é adorado. Sonho de milhões de mulheres que desejariam trocar de lugar com ela, de bom grado, ele dedica-se a família quase todo o tempo livre. Quando saem de férias e nas badalações os dois levam um ao outro, encantados da companhia e por terem-se. Vale também a menção de Patrick Swayze e os brasileiros Tony Ramos, Xororó e Zezé de Camargo.

Referências
P. Alvim. (Trad.) Safo de Lesbos. São Paulo: Ars Poetica, 1992.
Antunes, A.A. Safo: tudo que restou. Além Paraíba (MG): Interior, 1987.
Jaa Torrano. Três Poemas - Safo de Lesbos. Ed. Ibis Libris, 2009.
Joaquim Brasil Fontes. Eros, tecelão de mitos: a poesia de Safo de Lesbos. Iluminuras, 2003
Giuliana Ragusa. Fragmentos de uma Deusa. A representação de Afrodite na lírica de Safo. Unicamp, 2005.
** Pagan Meditations - The words of Afrodite, Artemis and Hestia - Guelti Paris, Tentáculo (Tradução Nokhooja)


Ilustrações e poemas:
http://www.starnews2001.com.br/safo.html

Outras Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Safo
http://www.infopedia.pt/$ilha-de-lesbos
http://www.brasilescola.com/biografia/safo-lesbos.htm
http://www.nerdssomosnozes.com/2009/06/alma-mater-2-safo-de-lesbos.html
http://psicosimbologia.blogspot.com/2010/04/501-grandes-escritores-safo.html

Ana da Cruz. A educadora que Mudou o Mapa dos Afetos através do Amor e da Poesia. Mural dos Escritores, 21/10/2010.


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Ana da Cruz - - - Escritora, Tradutora, Agente Sócio-Cultural
CAPPAZ Confraria Artistas e Poetas pela Paz http://www.cappaz.com.br/anacruz.htm
Poetas del Mundo http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=5065
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O que são essências florais




Selma Flávio
Atendimentos Terapêuticos, Consultoria & Facilitadora
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O que são essências florais

"A ação desses remédios florais eleva nossas vibrações e abre nossos canais para a recepção do nosso Eu espiritual; inunda nossa natureza com a virtude específica de que necessitamos e afasta de nós aquilo que está nos causando mal (...). Eles curam, não atacando a doença, mas inundando nosso corpo com as vibrações de nossa natureza superior, em cuja presença a doença se desvanece como neve ao sol." (Dr. Bach)

As essências florais são extratos líquidos sutis, geralmente ingeridos por via oral, usados para tratar profundas questões do bem-estar emocional, do desenvolvimento da alma e da saúde do corpo-mente. Problemas de saúde freqüentemente têm suas origens nas emoções; sentimentos que foram persistentemente reprimidos irão emergir primeiro, como conflitos mentais e, depois, como doença física.
Os Florais de Bach são essências de flores que contém vida, para tocar a nossa essência. Elas não são fitoterapia, nem remédios homeopáticos, nem aromaterapia. Com os florais acredita-se que se pode tratar de estresse, depressão, pânico, desespero, sentimentos de culpa, cansaço físico ou mental, solidão, tristeza, indecisão, sensibilidade excessiva, ciúmes, ódio, mágoas, todos os tipos de medos, ansiedades e preocupações etc. Também podemos administrar os florais para animais e plantas, com resultados animadores e, muitas vezes, surpreendentes. Embora as essências florais se assemelhem á outros medicamentos apresentados em frascos com conta-gotas, elas não agem devido à composição química do líquido e sim por causa das energias vitais provenientes da planta e contidas na matriz à base de água. Nenhum floral pode causar danos nem criar dependência. À medida que nos equilibramos internamente, podem ocorrer, conseqüentemente, curas físicas.

Quem foi Edward Bach
Edward Bach nasceu em Moseley, 1886. Bacharel em medicina, patologista e graduado em saúde pública, foi um grande médico cientista, pesquisador e homeopata. Ainda quando trabalhava nos laboratórios do Hospital Universitário, em Londres, teve uma hemorragia digestiva, depois de uma cirurgia deram 3 meses de vida. Percebendo então que tinha que mudar sua postura diante os seus pensamentos e seu modo de ser, começando um trabalho interno de transformação. Assumindo sua individualidade, o que ele sempre enfatiza para que cada pessoa descubra e cumpra com seu Individual, nunca imite ninguém e que o outro só nos sirva de luz.
Doutor Bach retirou-se e foi para sua casa de campo e lá fez as descobertas das essências florais. Com o contato com as flores descobriu que cada uma tinha uma vibração diferente e que elas ajudariam emocionalmente cada caso e assim começou seus estudos. Desencarnou aos 50 anos, em 27 de Novembro de 1936, apesar do câncer e para uma época que a faixa etária de vida era apenas de 40 a 45 anos. Foi o primeiro na compreensão do relacionamento das emoções com a saúde do corpo com a mente. Ele percebeu que para a saúde ser gerada era necessário estarmos bem emocionalmente. Segundo Bach a doença ocorre quando deixamos de perceber o que realmente queremos; que a doença é uma mensagem para mudarmos, tomarmos consciência de nossas emoções negativas e assim equilibrá-las. Isso conseguiria através da terapia floral indo de encontro a nós mesmo.

A síndrome do pânico
A sensação estranha chega do nada. Sensação de algo que nem se identifica e vem interagindo, tomando conta do corpo. Começa com um frio no estomago expandindo por todos os sentidos, as pernas somem. Você se pergunta: - E agora? Um vazio gelado tão grande na alma, sensação do nada se vendo sem proteção, sem chão, e agora, o que fazer? Não consegue nem pensar. Sente-se à beira de um precipício. A ponto de alguém ter que ir buscá-lo onde estiver ou com muito esforço caminha passo por passo. Como se cada um tivesse um quilometro, até chegar num ponto seguro. Senta e chora... Meu Deus, que sentimento é esse?
O medo é tão maior que a terra, o teto ficou baixo, falta de ar, aperto no peito, palpitação, suor, medo, morte! O que fazer com esse sentimento de ser um ponto no nada. O que poderiam fazer por mim, se todos estão ocupados demais? O que eu faria por mim? Essa seria a questão certa!
A síndrome do pânico está relacionada com o medo interior, esse que não temos coragem de encarar. Medos nas adjacências reais. Ver o que está de errado na sua vida. Sentimento de fraqueza, de pedido de Socorro e de ajuda. Pavor!
Olhe nos seus próprios olhos com o coração, sem medo de crítica, sem medo do julgamento, olhe com amor. Você irá descobrir que tem que algo para mudar e que só você tem a resposta.
A cura pode estar mais perto do que você imagina e poder sorrir novamente com a alegria com o coração mais leve e a ternura do amanhecer.

Cada pessoa tem seu temperamento a ser cuidado, mas especialmente temos a flor de Sweet Chestnut mostra a luz no fim do túnel, indicado para os momentos em que a angústia é tão grande que parece absolutamente insuportável. Quando a mente ou o corpo se sentem no limite de suas forças e nada mais podem fazer. Esse é apenas uma flor (uma essência floral) do buquê que pode mudar a sua vida.



Floral Gorse devolve a fé e a esperança, fazendo com volte a acreditar na Misericórdia Divina, mostrando que as dificuldades serão superadas.






www.selmaflavio.com.br - www.sistemasflorais.blogspot.com
Selma Flávio - Naturóloga especializada em Terapia Floral.
MSN selmaflavio@hotmail.com - Skype selmaflavio

9.10.10

Concordo e repasso e publico

marina naturalmente

Posted by Abilio Pacheco em 9 09UTC outubro 09UTC 2010

Marina, naturalmente

Marina da Silva não se pintou, nem foi pintada. Marina pintou: apareceu, surgiu. Natural e alternativa.

Respeito o pensamento de quem acha que a campanha de Marina não decolou ou de que foi um fracasso. Talvez não se tenha percebido que, ao contrário de muitos candidatos cônscio de não vencer (basta ver o resultado e as ‘coligações’ da eleição de 2002, 1998, 1994), Marina não se candidatou para ter uma votação expressiva a fim de estabelecer uma aliança (conluio?) no segundo turno e com isso apoiar alguém para garantir um ministério, muito menos se candidatou apenas com a finalidade de criar uma plataforma eleitoral para 2014.

Ela, militante, ecológica, esquerda rubra sem desbotos, tem um compromisso não só com os quase 20 milhões de cidadãos brasileiros que votaram nela, mas também com os outros que não votaram e independentemente de votação, tem compromisso, como foi citado, “com o grito da terra e dos pobres”. Duas coisas que não podem esperar. Muito menos esperar quatro anos. Como alguém comentou no site do Movimento Marina [www.movmarina.com.br], é necessário “incluir na pauta assuntos como sustentabilidade com desenvolvimento” responsável num país (acrescento aqui) cuja política tem sido (depois que Marina saiu do Ministério do Meio Ambiente) a de distribuição de licenças ambientais e de bolsas cujos valores ($$) terminam por voltar aos bolsos de quem tem o que vender.

Dizer que a votação expressiva de Marina se deu por uma estratégia do segundo colocado nas intenções de voto e nas eleições é, no mínimo, subestimar o pensamento crítico dos quase 20 milhões de brasileiros que votaram, não no Partido Verde, mas numa candidatura que levava uma proposta alternativa alicerçada em ideias de economia e ecologia plausíveis tanto para esta bilateralidade política quanto para os radicalismos tautológicos. Como ela mesma afirmou em seu pronunciamento no dia 03 de outubro (aliás, quando foi que vimos um terceiro colocado comemorar tanto?), sua candidatura e seu trabalho não acabaram com o término da apuração, pois representa uma audiência e uma voz, ora assumidos ou reafirmados.

Por tudo que disse nas eleições e tem dito depois, Marina não deixou que lhe pintassem “esse rosto que é só seu”. Ela, que já é bonita com a história Deus lhe deu, é certo que está mais longe de Serra que de Dilma, mas o problema é o quanto Dilma (ou as alas pseudo-esquerda do PT) está perto dos interesses capitalistas, das posturas adotadas por seus aliados, de uma já conhecida direita; basta ver as alianças.

Marina assinala “uma nova forma de fazer política”. Ao contrário do uso tradicional dos votos dados aos candidatos derrotados nas outras eleições, ela sabe usar esse capital eleitoral de forma mais política, para um debate de ideias e ideais, que politiqueira. Estávamos acostumados a ver no dia seguinte às eleições o terceiro, o quarto ou o quinto colocados de mãos dadas a um dos dois colocados no primeiro turno (em muitos estados brasileiros ainda é assim). Daí assistirmos a esse processo de loteamento político (de um ou de outro lado). Não é difícil imaginar que se Marina estivesse no segundo turno, Dilma e Serra no dia 04 de outubro estariam, em nome da governabilidade, posando de mãos dadas e erguidas.

Ao contrário desse e de outros eufemismos, não esperemos alguém que quer estar no poder a qualquer custo. Não esperemos o apoio em troca de cargos ou status. Esperemos alguém cujo apoio será dado ao candidato que assumir a inclusão de uma pauta exclusivamente a fim de ganhar votos e ser eleito, mas sim àquele que aceitar a pauta e a presença de pessoas que façam o compromisso assumido ser efetivamente cumprido. Caso contrário, os quase 20 milhões de brasileiros desejosos dessa pauta e devidamente representados, saberão agir.

Quem se habilita? Quem, de fato, cumprirá?

Abilio Pacheco, professor, escritor.

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4 Respostas to “marina naturalmente”

Maria Angela Piai disse

9 09UTC outubro 09UTC 2010 às 9:11
Literalmente, assino em baixo…Parabéns pelas belas palavras e pela consciência com que elas foram escritas…

Bjos

Maria Angela

Marlene Edir Severino disse

9 09UTC outubro 09UTC 2010 às 8:27
Muito bom.
Marina dá uma remexida na minha inércia política
Desanuvia esse obscuro panorama atual
Até dá vontade de ainda ter esperança

Já encaminhei para os amigos

Um abraço

Ligia Tomarchio disse

9 09UTC outubro 09UTC 2010 às 2:43
Olá Abilio!
Concordo plenamente com você e acredito no que J.Bosco comentou.
Marina é uma boa esperança para o Brasil e seus brasileiros.
Abraços!
Ligi@Tomarchio®

J.Bosco disse

9 09UTC outubro 09UTC 2010 às 1:57
Grande Abílio, realmente a Marina Silva mereceu e merecia muito mais.Ela não foi criada,como a maioria dos candidatos da noite pro dia.Seu trabalho em favor do meio ambiente, de uma vida mais digna, sempre foi sua bandeira e militância histórica.Marina é a mulher que deve governar este país, a hora dela tá chegando…
abraços

5.10.10

Repassando de Carolina Abigail Cavalcanti Silva ,,

Carolina Abigail Cavalcanti Silva ,,





Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.


As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.

Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.




Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia. E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:

'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo
objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.

Pergunto inocentemente às pessoas: porque os americanos querem tanto proteger os índios ? A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.

É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.

Será que podemos fazer alguma coisa???

Acho que sim.

Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.

Mara Silvia Alexandre Costa

Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP

Opinião pessoal:

Gostaria que você que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.

Afinal foi num momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra.

Conto com sua participação, no envio deste e-mail.

Celso Luiz Borges de Oliveira

Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP

1.10.10

DOENÇA ALZHEIMER CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A DOENÇA!

DOENÇA ALZHEIMER
CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A DOENÇA!
Um olhar mais humano é o que precisamos!

Encontro de Arlete e D.Lair em Campinas SP
“Haverá sempre encontros entre os seres e um sempre olhará pelo outro”
Conhecer para se manifestar!
O mundo inteiro proclama por justiças, mas quem faz as leis são os mesmos homens que as condenam. Quantos de nós ficaríamos parados diante de fatos grotescos e acontecimentos trágicos? Quantas vidas seríamos capazes de salvar e quantas vezes nos propomos a salvá-las?
O fato é que as doenças muitas vezes se tornam obras humanas de puro descaso. A maior parte da humanidade condena, mas não se manifesta e, não se mobiliza, não transforma.
Portanto não é irrelevante colocar a frase: “-Somos todos responsáveis pelas vidas humanas!”
A doença por si só já faz uma parte e tanto, ela é capaz de transformar vidas, bem como paralisar ou mobilizar pessoas porque as colocam em vários questionamentos.
Os questionamentos humanos têm o poder de mexer com uma grande camada de pessoas porque eles são vistos em forma de ações e reações.
Muitos de nós vamos obedecer a uma lei humana, a da troca. Hoje é impossível falarmos em sobrevivência sem ter em mente a presença de outro ser humano. Podemos sobreviver, mas de uma forma muito doentia. Nosso corpo e mente se adaptam aos diversos lugares, formas, mas é no trocar que nos descobrimos de verdade.
A solidão humana é condição de reflexão, mas nossa vida está muito atrelada a um mundo exterior que nos atinge o tempo todo e temos que participar dele, aprender com ele e transformá-lo para o nosso próprio bem estar e do outro.
O que chamamos de humano é essa capacidade de conhecer-nos dentro de um mundo onde existem outros seres e nos compreender dentro dessa dinâmica e transformá-la para um bem comum.
Essa força em comum é o que todos nós queremos que impere e que por muitas vezes a chamamos de Solidariedade.
A solidariedade é o caminho para muitas curas, para amenizar muitas dores, transformar muitas vidas.
É desse ponto de vista que gostaria de pedir a atenção de todos para as doenças humanas. As piores doenças são aquelas onde existe o abandono, o preconceito, a falta de união.
Sejamos mais humanos quanto à dor do outro, mais atentos conosco, mais flexíveis com o nosso universo, com nossas questões humanas. Sejamos mais curiosos quanto às doenças, saibamos como estas se manifestam e quem são seus portadores, quais os avanços para a cura.
Deixamos de sermos espectadores das dores dos outros, vamos ajudá-los de alguma forma, somente assim poderemos ter a nossa própria ajuda, pois tudo na vida é um ciclo, afinal nossos desejos são desejos de muitos outros.
Quando as pessoas se unem, muitos criam coragem e começam a participar. A maioria de nós precisa de estímulos para sair do lugar. Sejamos então estes estimuladores.
Alguma coisa tem que mudar nesse mundo, humanizar é preciso!
VAmos que VAmos!
Falamos em mudanças e a informação é fundamental para mudarmos. Informação precisa e preciosa, aquela que ajuda a entender o dia-a-dia de uma doença. Com boa informação uma pessoa pode se acalmar e reorganizar sua vida, vencer obstáculos e ganhar batalhas. A qualidade de vida deveria ser um objetivo a ser alcançado por todos, mas para isso precisamos fazer com que nossa vida passe a ter sentido.
O que faz sentido para você?
Obviamente o que nos faz mais sentido é aquilo que temos capacidade de criar. Nossa criação é nosso maior patrimônio como humanos. Isso não é diferente para um portador de uma doença. O resgate daquilo que lhe fez sentido é o melhor remédio para se vencê-la.
Devemos resgatar nossas vontades e nossos desejos humanos, devemos proclamar uma reformulação para as nossas vidas. Devemos procurar no íntimo e nos experimentar como construtores e devemos buscar para as nossas vidas e de outros um “amanhecer mais bonito”.
E se informação é instrumento para muitas melhorias, gostaria de lhes apresentar uma das comunidades no Orkut, a ALZHEIMER RESEARCH, que vem fazendo um papel muito importante para quem tem familiar ou quem precisa e se interessa em compreender melhor a Doença Alzheimer.
Dicas importantes de como lidar com um portador de Alzheimer, o dia-a-dia a ser vencidos, médicos, medicamentos, acontecimentos, internações, parte jurídica, neurológica entre outras e acima de tudo histórias de vidas humanas, muita doação e carinho por parte dos cuidadores e amigos interessados.
Alzheimer é uma doença muito difícil para o portador e muito desgastante para o cuidador, também é uma lição de vida, de cuidados e de amor. Forte são os acontecimentos, as dores sentidas, os dias a ser vencidos. Forte também é a perseverança, a fé é um instrumento diário, as orações são bálsamos para as almas que em conjunto com o amor se tornam energias vitais para os corações guerreiros dos “escolhidos”, os cuidadores. Há tristezas porque também há abandonos por parte de muitos, mas há alegrias porque existem esses “anjos” que não descansam.
Creio que a doença veio para nos ensinar que temos uma jornada e um papel dentro desta e que jamais devemos nos desviar de nossas missões. O auto abandono como indivíduo, nossas faltas e ausências conosco, nossa rigidez diante de nossas vontades próprias em benefício somente do outro nos trai e nos petrifica a alma, por isso, a doença é conhecida como a doença da alma. É uma degeneração do corpo que morre aos poucos e uma “demenciação”, a mente se ausenta e o que mantém a alma de pé é o amor do outro que entra como fonte de energia, mas que não consegue uma comunicação pelas vias conhecidas por todos, ficando somente um olhar vago, que diz muito se soubermos interpretá-lo.
Assim, se quisermos mudar e humanizar o mundo será preciso mudar o nosso modo de pensar sobre ele, nos descobrirmos como pessoas que somos e enfrentarmos nossas próprias angústias, aprendermos a passar por frustrações e acima de tudo nos amarmos verdadeiramente. Urgentemente precisamos nos doar ao outro sem desperdiçar tanta energia própria. Temos que verdadeiramente nos descobrirmos como seres naturais, atrelados a natureza (flora, fauna), captar energias do universo e não das pessoas e revigorar nossas fontes devolvendo a natureza todo o bem que ela nos tem dado.
Respeitar um portador de uma doença qualquer é respeitar a si mesmo, pois ninguém estará completamente imune de portar uma doença ao longo de sua vida. Ajudar na recuperação de uma doença qualquer é exercer o papel de ser humano e assim fundamentar nossas próprias vontades e desejos de receber um bem Maior e transformá-las em realidade.
A Alzheimer Research é uma comunidade amiga do portador da D.A. (doença de Alzheimer)
Na comunidade encontramos muitas histórias de vidas, várias pessoas lutando para um amanhecer mais bonito e uma solidariedade sem tamanho.
Campinas-SP


Rosana e D.Lair
Dona Lair era portadora da D.A. a mais de quinze anos, mas acima de tudo um ser humano que ensinou um ofício, o de que a vida de um só ser é capaz de transformar muitas outras vidas e aguçar um olhar mais humano. Obviamente outros olhares se afastaram por preconceitos originários da própria ignorância, de um não saber cuidar, de um “não estar nem aí”, mas imperou o amor de alguns seres formidáveis, especialmente de sua filha Rosana Nied que com um cuidado e um trato muito especial fez com que sua vida fosse a mais digna e amorosa possível. Hoje é uma estrela lá no céu! Através dela que todas as estrelas lá no céu se sintam homenageadas!


Rosana Nied conta em seu blog sua vivência com o Alzheimer.
Acesse o blog e entenda como o Alzheimer modifica vidas.
http://alzheimernafamilia.blogspot.com



Curitiba-PR




Dona Alzira completou nesse mês de setembro 86 anos de idade e quase dezoito anos de D.A. e nos ensina que a vida se renova mesmo diante das adversidades. Ela enfrenta hoje as mesmas dificuldades que Dona Lair e família enfrentaram e também recebe tamanho amor e dedicação, um tratamento mais humanizado, especial, cheio de cuidados, especialmente da filha Marília Bahr que tem uma sensibilidade e uma preocupação de entender outras formas de comunicação, principalmente através do olhar de Dona Alzira que lhe é tão supremo. Através de Dona Alzira, carinhosamente chamada de italianinha rosada homenageamos outros portadores da D.A., seres humanos que nos ensinam a ter um olhar mais atento e a alma mais profunda em relação ao cuidar e aos cuidados.


Marília Becher Bahr
Acesse o blog e conheça mais sobre histórias de vida e o dia-a-dia de um portador e cuidador de Alzheimer.
http://alzheimeruniversodememorias.blogspot.com
Há no mundo todo, muitos portadores da doença Alzheimer. Os portadores de D.A. merecem nossa atenção não só pelos aspectos da doença, mas também pelas formas de tratamento que lhes são oferecidas. Há muito descasos com os portadores e fatalmente muitos abandonos. Que esses dois exemplos de amor sejam seguidos por todo o mundo e que não fique nenhuma dúvida: - O AMOR é o caminho da cura para a alma humana!
Os cuidados com os portadores de D.A. merecem destaque, mas temos que ressaltar a participação de pessoas solidárias que também faz parte do processo de um olhar mais humanizado. Na comunidade Alzheimer Research, encontramos pessoas engajadas na causa, que independentemente de terem entes doentes procuram ajudar os cuidadores, confortando, orientando, participando de todo um processo de aprendizagem e sensibilização humana.

São Miguel - RN


Anita Lira se destaca exatamente por proporcionar aos cuidadores essa sensação acolhedora, fortalecendo os elos entre as pessoas, trazendo sempre uma mensagem de amor e esperança. Ela representa outros que de alguma forma vem ajudando e incentivando o cuidar no dia-a-dia do portador, sejam na forma de oração, mensagens, apoios individuais, informações preciosas sobre a doença, dicas, etc.

Nosso convite é para que todos participem!


Link para a comunidade no Orkut Alzheimer Research:
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=103621
VAMOS AMPLIAR A INFORMAÇÃO!
À TODOS OS MEIOS VIRTUAIS E NÃO-VIRTUAIS, A TODOS OS COLABORADORES E AMIGOS, AGRADECEMOS O APOIO NA CAUSA ALZHEIMER!


Texto: Arlete Bistocchi
http://arletebistocchi.spaces.live.com

Será sempre um prazer contribuir para
ajudar causas de relevante ajuda
humana Dora Dimolitsas